Queda de árvores e muros, atingindo carros, imóveis e rede elétrica, além de destelhamento e inundações, provocam graves prejuízos
No espaço de menos de uma semana, dois fenômenos climáticos, em duas das regiões mais populosas do Brasil, ocuparam o noticiário dos principais jornais do país. Uma ventania na cidade do Rio de Janeiro e uma tempestade de areia no interior de São Paulo, na área de Ribeirão Preto, provocaram bastante destruição, felizmente sem deixar vítimas fatais. Mas o prejuízo material foi grande, e estar protegido por um seguro para a casa, o negócio ou o carro é a melhor forma de evitar um rombo na conta bancária. “As principais coberturas nestes casos estão contempladas nos seguros residenciais, empresariais e automotivos, que, se contratados na modalidade ‘compreensiva’ – ou completa -, protegem contra danos causados por ventania e outros eventos climáticos”, ressalta o presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Sindseg-RJ/ES), Antonio Carlos Costa.
No Rio, foram registradas quedas de árvores e muros, em alguns casos atingindo automóveis e a rede elétrica, provocando queda de energia em vários bairros. Também houve destelhamento em residências, empresas e em, pelo menos, uma escola na zona norte da cidade. “Além destes incidentes, também ocorreram muitas quebras de janelas, vidraças. E, por consequência, alagamentos de interiores, agravados por danos nos telhados”, conta a diretora da Flanci Corretora de Seguros, Fátima Monteiro, associada do Clube de Corretores do Rio de Janeiro (CCS-RJ).
A capital fluminense teve ventos de até 78 km/h. Costa explica que, “segundo a Escala Beaufort, que classifica a intensidade e dá a respectiva denominação a esse tipo de evento climático, a cidade sofreu uma ventania forte: ventos entre 75 km/h e 88 km/h”. E acrescenta: “O vendaval, ou tempestade, segundo a escala, é o estágio seguinte, com ventos entre 89 km/h e 102 km/h. Tufão, furacão e tornado são os eventos mais extremos, com ventos acima de 118 km/h.”
Embarcações – O presidente do Sindseg-RJ/ES enfatiza que, para as seguradoras, primeiro é preciso tipificar o fenômeno meteorológico ocorrido. Isso porque as coberturas e possíveis exclusões nestes casos estão previstas na apólice e irão, portanto, determinar o direito a indenizações pelo seguro. “No Rio, tivemos uma ventania forte”, afirma ele.
“No caso do seguro auto, a imensa maioria dos comercializados no país são os compreensivos, que preveem indenização para vendaval, granizo e raio. Além da cobertura básica: colisão, incêndio, roubo e furto, e alagamento. O seguro compreensivo protege contra queda de árvores, galhos e outros objetos, que danifiquem a estrutura dos veículos, inclusive os vidros”, ressalta Costa.
E não são só os carros que são atingidos pelas intempéries climáticas: barcos, traineiras, lanchas e iates sofrem, com muito mais frequência, os humores do tempo. Por estarem quase sempre no mar – navegando ou mesmo ancoradas, nas poitas (como são chamadas as ‘vagas’ para barcos) – as embarcações estão muito mais sujeitas a uma mudança brusca do clima. “Por isso, a cobertura básica do seguro náutico, além de roubo, incêndio, assistência e salvamento, também inclui danos provocados por fenômenos da natureza, como vendavais e tufões”, explica o corretor Davidson Souza, da Mega Seguros e sócio do CCS-RJ. Ele ressalta ainda a importância de consultar sempre os boletins meteorológicos voltados para a navegação – “aviso aos navegantes” – e verificar sempre a docagem, como o tamanho das poitas e os equipamentos disponíveis.
Já Fátima Monteiro alerta que seguros para residências e empresas ainda são pouco comercializados no Brasil. E que, por isso, proprietários de imóveis e donos de negócios estão completamente desprotegidos em caso de imprevistos. Ela acrescenta que, no caso de fenômenos da natureza, é preciso adicionar coberturas além da básica, como para vendaval, por exemplo. “As alterações climáticas estão cada vez mais evidentes em todo mundo. Já há regiões no litoral nas quais as construções foram totalmente destruídas pelo avanço do mar: Atafona, no norte do estado do Rio, e partes de Florianópolis são alguns exemplos”, observa Fátima, para concluir: “É imprescindível que, ao contratar um seguro, faça com um corretor, pois este é a pessoa indicada para orientar e prever quais coberturas são essenciais para cada tipo de bem.”
“Os seguros residenciais e empresariais são baratos. Ao contratá-los, o segurado deve pedir para incluir a cobertura adicional denominada ‘vendaval’, que, além da categoria homônima, inclui ainda furacão, ciclone e tornado, que não pesam muito no valor final da apólice.”, conclui o presidente do Sindseg RJ-ES, Antônio Carlos Costa.
Sobre o CCS-RJ |
Fundado em 1980, o Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro busca estimular encontros e debates para o desenvolvimento do setor e da categoria. A entidade promove a articulação estratégica e contínua com todos os integrantes do sistema nacional de seguros privados. http://ccsrj.com.br/.
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