O professor universitário e gestor de carreiras, Ricardo Machado, destaca a importância da carreira ética e solidária, principalmente nesse momento de pandemia pelo novo coronavírus. O alerta é por conta de várias denúncias de pessoas que não estão entre os grupos prioritários, mas que tentam passar à frente daqueles que, prioritariamente, deveriam ser vacinados. Somente o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, por exemplo, já registrou cerca de 200 casos de fura-fila.
“Ser ético e solidário é um dos princípios básicos para se viver em sociedade. E cada vez mais será observado na avaliação comportamental nos processos seletivos”, destaca.
Segundo o professor Ricardo Machado, se temos a boa notícia da chegada da vacina, temos o péssimo exemplo de quem, usufruindo de algum poder ou indicação, busca furar a fila de vacinação. “
São posturas que descartam totalmente o respeito às leis e, principalmente, ao próximo que por diversos motivos, seja por atuarem diretamente no combate à pandemia ou serem dos chamados grupos de riscos, têm prioridade na cronologia da vacinação. Lamentavelmente parece que os padrões éticos e solidários de parte de nossa sociedade não avançaram tanto quanto à ciência que em tempo recorde, como destacam os especialistas, produziu a tão desejada vacina”, observa.
Ricardo Machado diz que os padrões de ética, solidariedade e humanidade, percebidos nos últimos tempos para o bem ou para o mal, devem ser posturas observadas por algumas empresas que buscam cada vez mais construir um comportamento socialmente responsável entre os seus colaboradores.
“Você pode pensar: mais isto deve acontecer na prática apenas em poucas empresas. Acredito que num primeiro momento você tem razão. Algumas boas tendências começam apenas em algumas empresas. Mas entenda que não é por acaso que estas empresas sejam aquelas que melhor valorizam e remuneram os seus colaboradores e têm melhores planos de carreira. As demais, demoram um pouco mais, mas acabam seguindo, com o passar do tempo, o mesmo caminho ou sucumbindo no tempo”, finaliza Machado.
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