Técnicos do governo do Rio debatem segurança hídrica no dia dedicado à água na Cop 27

Foto: Pixabay

Representantes da Secretaria do Ambiente e da Cedae participaram de painéis que debateram as consequências das mudanças climáticas no planeta

A água foi o tema principal desta segunda-feira (14/11) na Cop 27, a Conferência Mundial do Clima, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Sharm el-Sheik, no Egito. E o Governo do Estado do Rio estava presente com representantes das secretarias do Ambiente e Casa Civil, além da Cedae. Os técnicos, incluindo servidores da Superintendência de Relações Internacionais, estiveram em painéis que debateram a importância da água e a segurança hídrica no combate às consequências das mudanças climáticas no planeta.

Subsecretária estadual de Recursos Hídricos, Ana Asti integrou o fórum on-line da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual apresentou o plano para que o Rio de Janeiro seja reconhecido pela entidade como “Metrópole Azul”. Esse “selo de qualidade” vai impulsionar, segundo Asti, a economia azul no estado, promovendo geração de empregos em setores como turismo, pesca, portos, transporte aquaviário, energia renovável e saneamento.

– Há 100 cidades no mundo que levam esse selo de “Metrópole Azul” da OCDE. Nosso projeto começou com a concessão dos serviços de saneamento, que é a base para despoluir nossos recursos naturais. Assim, vamos nos conectar com outras soluções, como a preservação do cinturão verde ao redor da Baía de Guanabara. Todo o plano envolve soluções sociais, econômicas, ambientais, bem-estar e segurança alimentar da população, geração de empregos verdes, além de reconstrução e proteção do ecossistema – explicou a subsecretária.

Asti destaca ainda que o estado tem como meta aumentar em 10% a área da Mata Atlântica até 2050.

– Já temos 120 milhões de dólares garantidos para investir nos próximos cinco anos. Nosso controle por satélite mostra, por exemplo, que há 10 anos não temos crescimento do desmatamento no estado – completou.

Já no Pavilhão da Unesco, no painel sobre águas subterrâneas, a Cedae marcou presença com Mayná Morais, engenheira ambiental especialista em recursos hídricos da Cedae e diretora-geral do Comitê Guandu. Ela apresentou cases de sucesso no combate à geosmina, relembrando como a Companhia solucionou o problema que atingiu o Rio e garantiu a qualidade da água durante o verão passado e para os próximos. A engenheira debateu com Callist Tindimugaya, ministro de Água e Ambiente de Uganda; Richard Taylor, da UCL (University College London), e Jodie Miller, da Agência Internacional de Energia Atômica.

– Essa troca de experiências traz muito conhecimento para todo o governo. Tivemos a oportunidade de apresentar a nova fase da Companhia, 100% focada na agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e de Governança), além de expor nossos cases de sucesso para delegações internacionais. É uma oportunidade única de debater estratégias para o enfrentamento das consequências das mudanças climáticas no nosso contexto de segurança hídrica – destacou Mayná.

O mercado do carbono também foi debatido na conferência. A subsecretária Asti integrou um painel sobre o tema e discutiu a recém-adesão do estado à plataforma de precificação de carbono nas Américas.

– Queremos fazer parcerias dos estados brasileiros com as províncias canadenses de Quebec e Colúmbia Britânica para podermos trabalhar a precificação e a negociação de créditos de carbono – concluiu.

Deixe o seu comentário

Comente

Seu e-mail não será publicado.


*