O Surto de Gripe chegou em algumas cidades do país, inclusive em grandes metrópoles, como Rio de Janeiro (onde já contabiliza mais de 23 mil casos) e São Paulo. O vírus da Influenza está mais forte este ano, após passar por uma mutação na Austrália. Os sintomas mais comuns são febre, seguida de dor muscular, dor de garganta e prostração. Já nas gestantes, a Influenza pode acarretar em um quadro mais grave.
“Pode existir um comprometimento pulmonar maior, a gravidez naturalmente, por aumento do volume do útero, acaba empurrando as estruturas abdominais para cima, dificultando o movimento do diafragma, e tudo isso pode fazer com que os quadros respiratórios sejam mais graves”, afirma o médico-diretor do Vida-Centro de Fertilidade, Dr. Paulo Gallo. O especialista respondeu as dúvidas mais frequentes que recebe em seu escritório sobre o assunto:
– A gestação altera o sistema imunológico da mulher, isso deixa esse grupo mais vulnerável para contrair a influenza? Durante o período da gestação, existe uma mudança no perfil imunológico da mulher. O perfil imunológico fica menos agressivo, a mulher produz menos anticorpos agressores, isso talvez, tem relação com a necessidade de implantação de evolução da gestação, já que o embrião tem parte de material genético que é estranho para o corpo da mãe. Essa alteração que ocorre no sistema imunológico, acaba fazendo com que a mulher fique mais suscetível a alguns processos infecciosos, principalmente virais. De um modo geral, a gestação é um fator de risco para alguns tipos de doenças virais, entre elas, o vírus da influenza.
– Em que período da gravidez a mulher deve tomar a vacina? Existe alguma contraindicação? A vacina da gripe pode ser utilizada em qualquer período da gravidez, não tem nenhuma contraindicação, podendo ser usada a qualquer momento, inclusive tendo em vista que a gestante é considerada do grupo de risco e grupo prioritário para a Influenza. – Quais as reações mais comuns que a vacina pode causar na gestante? as principais reações e efeitos colaterais da vacina tanto nas gestantes, como em qualquer pessoa, é o risco de aparecer sintomas, como se fossem da própria influenza, como um pouco de febre, moleza, dores no corpo, mas geralmente são autolimitadas e o risco de complicação é mínima.
– Qual a orientação para a gestante que começar a sentir os primeiros sintomas da influenza? A orientação para as gestantes que estiverem com os sintomas da influenza é repouso, boa alimentação, utilizar medicações analgésicas, como por exemplo, vitamina C em doses altas (pode usar 1 ou 2 gramas por dia), fazer uso de medicações sintomáticas, como por exemplo, em caso de febre e dor, pode usar dipirona, muito conhecido como novalgina, ou o tylenol, e procurar orientação médica. Conversar com médico, obstetra que estiver acompanhando o pré-natal. A grande maioria das pessoas apresentam os sintomas de 5 a 7 dias, aqueles casos que persistirem os sintomas e ocasionar em algum problema respiratório, devem consultar o médico e avaliar a necessidade de uma internação com o acompanhamento adequado.
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