A concessionária firmou acordos com a Light e a Cemig, fornecedoras de energia elétrica para o sistema ferroviário, que, somados às outras ações que a empresa tem adotado, garantirão recursos financeiros suficientes para manter a operação até o final de setembro. O acordo prevê a postergação do pagamento de parte das faturas mensais de energia elétrica, que representa o segundo maior custo operacional da concessionária, depois das despesas de pessoal. A negociação dará fôlego adicional à SuperVia, enquanto a empresa e o setor nacional de transporte público de passageiros aguardam o urgente e necessário auxílio financeiro emergencial que está em fase de discussões nos âmbitos do poder público Estadual e Federal.
“Desde o início da pandemia, além de diversas medidas de combate ao novo Coronavírus, a nossa prioridade é lutar, incansável e transparentemente, para seguirmos de pé, prestando os nossos serviços para os milhares de clientes que contam conosco. Por isso, agradeço aos nossos 2.500 colaboradores que diariamente se dedicam com coragem e energia a esse desafio, e também aos nossos parceiros fornecedores de serviços, materiais e insumos, que nos têm prestado fundamental apoio neste momento’’, ressalta Gustavo Bacellar, diretor de Negócios e Administração da SuperVia.
Desde o início de março, a concessionária já deixou de transportar 40 milhões de clientes, o que gerou uma perda de receita de mais de R$ 160 milhões. Mesmo após o fim do isolamento social, o movimento normal de passageiros de antes da pandemia que era de 600 mil passageiros/dia, ainda não foi recuperado. Atualmente, a concessionária transporta cerca de metade da demanda normal.
Outras medidas implementadas pela empresa para cortar gastos foram a renegociação de contratos de serviços e materiais, negociação de dívidas junto aos seus credores e a suspensão ou redução temporária dos salários e jornadas de 100% dos seus funcionários, tendo como principal objetivo a manutenção dos empregos.
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