Nova Friburgo e Teresópolis receberão projeto para capacitar pessoas nas linguagens de desenvolvimento de software e web a partir de 2020
Petrópolis foi o local escolhido para sediar um projeto-piloto que vai capacitar profissionais para atuarem em empresas de tecnologia da informação e inovação. Ao todo, 72 alunos passarão por treinamentos para a capacitação no desenvolvimento web e de softwares. Teresópolis e Nova Friburgo também contarão com o programa para a formação de mais 280 pessoas nos próximos dois anos. A meta é que 630 novos profissionais sejam colocados à disposição no mercado de trabalho até 2021.
A ação é um dos pilares da iniciativa empresarial Serratec, que reúne empresas de base tecnológica nas três principais cidades serranas e pretende estimular o crescimento econômico no interior do Estado do Rio. Os projetos são desenvolvidos em parceria com a Firjan, o sindicato das indústrias do setor (Sinditec), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Governo do Estado e prefeituras. A intenção é melhorar o ambiente de negócios da região através da capacitação profissional, geração de negócios e criação de infraestrutura para a chegada de novos empreendimentos.
“Empresas já manifestaram interesse na mudança para a Serra do Rio, porém a falta de trabalhadores especializados nestas competências é um entrave momentâneo. Futuramente teremos novos empreendimentos se estabelecendo aqui criando empregos e gerando renda para uma variada cadeia de negócios”, comemora o líder do Serratec, Marcelo Carius.
O presidente da Firjan Serrana, Júlio Talon, acredita que o momento é especial e trará frutos para a região. “O esforço de todos os órgãos é a receita para o sucesso deste projeto. É uma iniciativa que vai trazer movimentação econômica para a região, gerar empregos e o desenvolvimento intelectual das pessoas”, enfatiza Talon.
O Serratec conta atualmente com 170 empresas com cerca de 3 mil funcionários e uma movimentação de R$ 550 milhões/ano. As metas até 2021 são para a criação de mais 10 empresas, 360 postos de trabalho e, faturamento de R$ 715 milhões.
A formação é dividida em etapas: após uma qualificação de 260 horas em programação web, os estudantes serão divididos em três grupos que terão formação complementar com mais 180 horas em linguagens específicas: JavaScript, Xamarin e Angular. Ao fim de 4 meses de curso os profissionais terão recebido 440 horas de conteúdo certificados pela Firjan SENAI.
O modelo é similar ao adotado nas faculdades de medicina, onde há imersão dos alunos nas empresas, possibilitando que eles tenham conhecimento teórico e prático, solucionem problemas reais e adquiram experiência profissional ainda durante a formação.
“Estamos caminhando na contramão da crise e com passos firmes para o desenvolvimento econômico das cidades. O início deste projeto-piloto é algo para ser comemorado e seguido por outros setores. Aqui estamos pensando na melhoria do ambiente de negócios e no desenvolvimento do setor que só tende a crescer”, explica o empresário e representante do Sinditec (Sindicato da Indústria Eletrônica, de Informática, de Telecomunicações, de Produção de Software, de Produção de Hardware, de Produção de Produtos Eletroeletrônicos e Componentes no Estado do Rio de Janeiro), Luiz Antônio Daud.
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