Prefeitura entra na Justiça contra Cedae

Foto: Divulgação

Na ETE Alegria, apenas um dos cinco decantadores primários está em funcionamento. De acordo com a Cedae, o maquinário responde à demanda atual, mas não há equipamento reserva para ser usado em caso de emergência

O lucro da Cedae triplicou. E as reclamações referentes aos serviços prestados, também aumentou. Em junho do ano passado, chegava a 7.136 o número de queixas. Em menos de um ano, em abril de 2019, as reclamações saltaram para 30.783. Com o objetivo de exigir uma melhoria dos serviços prestados, a Prefeitura do Rio de Janeiro entrou com uma ação contra a companhia. Entre as imposições, é obrigação da Cedae efetuar toda a manutenção de galerias de águas pluviais que conduzem esgoto enquanto a companhia for responsável pelo serviço, sob pena de multa diária.

Outra finalidade está em conceder 7,5% da receita mensal bruta atingida pela Cedae na capital para a administração municipal, como acontece em outros estados do país. A Prefeitura também luta para que a receita do serviço de saneamento seja dirigida, exclusivamente, para investimentos locais, enquanto não alcançadas todas as metas de cobertura e tratamento. E ainda, o município quer regularizar a operação do serviço do serviço de esgotamento sanitário por bacia hidrográfica, no prazo de 180 dias.

A companhia obteve um lucro histórico, alcançando um valor de R$ 832 milhões no ano passado, quase o triplo do valor em 2017. Mas o Procon é um marcador de insatisfação dos consumidores, que em 2018 tiveram que bancar o aumento da conta de luz em 12,3% de janeiro a maio, somando 467 reclamações, registros que superam todos as 439 queixas do ano anterior.

Sindicâncias da própria administração, retratam um quadro de sucateamento de unidades operacionais e revelam que até o edifício-sede, inaugurado em 2012, e, portanto, relativamente novo, já dá sinais de deterioração.

Deixe o seu comentário

Comente

Seu e-mail não será publicado.


*