Apesar do crescimento na comparação com o segundo trimestre, que aponta recuperação, Firjan explica que nível de atividade econômica permanece em patamar inferior ao registrado antes da pandemia
O Produto Interno Bruto (PIB) fluminense cresceu 7,1% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. É o que aponta o estudo “Rio de Janeiro: Resultados e perspectivas para o PIB”, divulgado pelaFirjan nesta quarta-feira, dia 9. Apesar do crescimento, que aponta recuperação, a Firjan explica que o nível de atividade econômica permanece em patamar inferior ao registrado antes da pandemia.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, a estimativa da Firjan mostra que o PIB do estado do Rio teve retração de 3,3%. Porém, houve redução no ritmo de queda. No segundo trimestre, a retração, nessa mesma base de comparação, tinha sido de 9,9%. No país, a queda no terceiro trimestre foi de 3,9%.
A indústria extrativa foi o destaque da economia fluminense em relação aos demais estados ao registrar crescimento de 9,3%, puxada pelo setor de óleo e gás. No entanto, serviços (-4,9%), agropecuária (-4,9%), construção civil (-1,9%) e indústria de transformação (-1,6%) ainda registraram taxas negativas na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. A projeção da Firjan é de queda de 4,4% do PIB fluminense em 2020.
Para 2021, considerando imunização de parcela significativa da população no primeiro semestre e avanço da agenda de reformas estruturais apenas no segundo, a projeção é de crescimento de 2,9%. O estudo da Firjan aponta que, nesse cenário, o PIB ainda fica 1,6% abaixo do nível de 2019. O atraso dessas medidas pode resultar em crescimento ainda menor, na ordem de 1,8%.
A Firjan destaca que o avanço das reformas estruturais também antes do segundo semestre pode levar a crescimento de 4,3% do PIB fluminense no próximo ano. No estudo a federação ressalta a importância das reformas tributária e administrativa, da PEC Emergencial, do projeto de lei complementar 101/2020, que propõe aos estados um novo regime de recuperação fiscal, e da concessão da Cedae.
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