Mais da metade das empresas estão com algum tipo de dívida
Ao longo do ano passado, os pequenos negócios tiveram muitas dificuldades em conseguir empréstimos junto à instituições financeiras. Em novo levantamento do Sebrae, 61% das solicitações feitas pelas micro e pequenas empresas do estado do Rio de Janeiro foram negadas. Enquanto 27% alegam ter conseguido e 12% ainda esperam uma resposta. Por conta do cenário, os empreendedores acreditam que a economia será retomada apenas em janeiro de 2022.
“Os programas criados ao longo do ano passado ajudaram na concessão de crédito. Ainda assim, o acesso ao crédito foi a principal dificuldade enfrentada pelos empresários. A disponibilização de novas ofertas de crédito com juros menores, um prazo maior de pagamento e carência, serão fundamentais para a recuperação das micro e pequenas empresas”, explica a coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio, Taniara Castro.
O empréstimo via maquininha pode ser uma opção para os pequenos negócios. De acordo com a pesquisa, 40% sabem da opção, mas não se interessaram; 36% não conhecem essa linha de crédito; 17% não usam maquininha dentro dos seus estabelecimentos e apenas 7% solicitaram esse empréstimo.
Por conta da pandemia, as empresas fluminenses contraíram algumas dívidas. No estado do Rio de Janeiro apenas 37% dos empreendedores não possuem dívidas. 63% dos pequenos negócios possuem dívidas em aberto que estão em dia ou com atrasos. Neste momento, as principais dores de cabeça dos empresários são débitos em aberto com as instituições bancárias, impostos e taxas, aluguel, fornecedores de matéria-prima e serviços, com seus funcionários e com empresas de energia elétrica.
Funcionamento dos pequenos negócios
A pandemia alterou a rotina das empresas. Ao todo, 66% dos pequenos negócios operam com mudanças, 17% precisaram interromper seu funcionamento, 12% não tiveram restrições e 5% resolveram encerrar as operações do seu negócio.
Apesar dos investimentos e das mudanças realizadas pelos pequenos negócios, o faturamento da empresa caiu para 80% dos entrevistados, em comparação com o ano anterior. Já 7% dos empresários conseguiu aumentar a receita, em comparação com o ano anterior. Para 11% o rendimento permaneceu o mesmo.
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