A principal mudança no comportamento das marcas não terá relação com o consumo de mídia e sim na forma como as marcas se relacionam com as pessoas
Estamos todos envolvidos neste vulcão em erupção de acontecimentos e que vem nos abalando em todas as esferas nos últimos meses. Quanto ao segmento de comunicação e marketing, já bastante remodelada nos últimos 10 anos dada a revolução digital, certamente, será ainda mais transformado.
Neste momento tão difícil que estamos enfrentando, muitas empresas estão repensando suas prioridades relacionadas ao investimento e, principalmente, suas estratégias de comunicação.
Certamente, você que é empreendedor, deve estar se perguntando: Que disciplinas de comunicação devo priorizar diante de um cenário de corte? Como devemos nos comunicar diante da diversidade de público neste momento? Passada a pandemia, o que devemos mudar em relação a forma de relacionamento com as pessoas?
O grande desafio para quem lida com vendas é rapidamente mudar o foco em incrementar as vendas e pensar no que pode ser feito para ajudar. Numa pandemia onde as pessoas continuam com suas vidas em risco e a economia beirando uma recessão global, o envolvimento das marcas tornou-se imprescindível.
É bastante notório que o coronavírus trouxe maior mobilização pautada na cooperação entre as empresas e governos do mundo todo, validando na prática, durante a maior epidemia do século, o espaço efetivo para as marcas serem ainda mais essenciais para a sociedade.
À exemplo de marcas como Natura, Sebrae, Itaú, Boticário, Ambev, Google, Facebook, entre tantas outras, já estão ajudando de diferentes formas: vão da fabricação de produtos para combater a pandemia até a oferta de produtos ou serviços que auxiliam as pessoas e as empresas a transpor a crise anunciada.
Mas e o pós pandemia? Num momento em que todos tiveram uma mudança inesperada em seu cotidiano, ainda é incerto fazer tantas previsões de como as marcas e as pessoas irão proceder pós crise. Porém, alguns movimentos já podem ser supervisionados através de anunciantes e também de agências.
Tanto na TV aberta quanto na tv por assinatura, ambas alcançaram picos de audiência bastante elevados nesta nova era. A Globo News, por exemplo, com sua ampla cobertura do avanço do novo coronavírus, alcançou a liderança do setor.
A pergunta que não quer calar é: Na pós crise, será que a TV vai recuperar o seu prestígio dos velhos tempos? Provavelmente, não. Afinal, não somente aqui no Brasil, mas no mundo inteiro, o Digital é a disciplina de comunicação protagonista desta pandemia.
De repente, diversos trabalhadores e empresas passaram a exercer suas atividades em home office, através de ferramentas até então inéditas para muitas delas.
Como exemplo do aplicativo Zoom, o volume de downloads foi tão grande que a empresa viu suas ações dispararem em mais de 100% desde o mês de janeiro.
Artistas e digital influencers estão fazendo as lives de diferentes plataformas arrebentarem, trazendo diversão gratuita e em tempo real para os seus fãs. Todo este recurso acabou sendo incorporado na rotina de milhões de pessoas.
Sem lojas abertas durante a quarentena, o setor de varejo iniciou seus esforços voltados para a comunicação online, onde pessoas de todas as classes sociais e de todas as idades fortalecerem o uso de aplicativos de chamadas em vídeo, e-commerce e aplicativos de delivery. Nas grandes capitais, é possível observar a presença assídua de entregadores do Rappi, UberEats e IFood.
Toda esta mudança de comportamento resultará em consequências no tocante ao incremento substancial nas verbas de marketing digital das empresas. No mercado publicitário brasileiro, a representatividade deste segmento chegará perto da mídia global de 40%.
A mudança no comportamento das marcas estará principalmente, na forma como as marcas se relacionam com as pessoas.
Desta forma, seguirão como prioridade das corporações as estratégias de relacionamento das marcas com seus públicos e o engajamento socioambiental. Afinal, aquelas marcas que fazem a diferença para a sociedade, verdadeiramente úteis na vida das pessoas, jamais serão esquecidas.
Além de “Share of Market” e “Share of Mind”, as empresas precisam criar o “Share of Heart” dos seus consumidores.
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