Uso irracional de medicamentos é responsável pelo aumento de efeitos adversos como alergias, bactérias mais resistentes, infecções recorrentes e gastos excessivos
Uma dor de garganta persistente, tratada com anti-inflamatórios sem prescrição médica, pode se tornar um problema sério, assim como uma infecção de urina, rapidamente controlada com aquele remedinho que sempre ajuda. Exemplos como esse são frequentes na nossa família, vizinhança, em outras cidades e até países. Aliás, essa é uma realidade preocupante em todo o mundo e é conhecida como uso irracional de medicamentos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 77% dos brasileiros costumam se automedicar e 50% dos pacientes tomam os remédios prescritos de forma incorreta. Não é à toa que o dia 05 de maio é voltado para a conscientização sobre o uso racional de medicamentos.
O uso indiscriminado de remédios contempla situações diversas como a utilização inadequada de antimicrobianos, de medicações injetáveis em vez de orais, quando estas poderiam ser mais apropriadas, o não seguimento das diretrizes clínicas, a automedicação e o uso da dosagem incorreta. Rafael Luís, oncologista do Grupo SOnHe, alerta para o fato de que essas práticas levam a consequências perigosas e facilmente identificáveis. “As alergias se tornam mais comuns, as infecções mais recorrentes, bactérias mais resistentes… em alguns casos, a medicação utilizada de forma inadequada pode gerar dependência química”, explica o oncologista.
Atualmente, existe um comitê relacionado ao assunto ligado ao Ministério da Saúde, que atua, entre outras frentes, promovendo estratégias para difundir o uso das evidências científicas e conscientizando os profissionais e pacientes sobre o tema. Segundo o oncologista, os médicos também têm responsabilidade no uso irracional de medicamentos, já que 50% das prescrições são inadequadas ou irracionais, conforme aponta a OMS. “Os prejuízos são enormes para a saúde da população e para o sistema econômico e é por isso que a medicina baseada em valor é fundamental”, reforça Rafael Luís.
A medicina baseada em valor prevê o uso de medicação com bom senso, aliando as melhores evidências científicas ao benefício clínico desejado para a população, levando em conta os fatores econômicos para o sistema e para o indivíduo, buscando um equilíbrio entre a eficácia dos tratamentos, seu custo e a vantagem real para o paciente. Por isso, a discussão sobre o uso racional de medicamentos precisa estar sempre presente.
Como fazer o uso consciente dos medicamentos?
Algumas dicas para os pacientes são:
- Seguir a indicação médica
- Tomar o medicamento pelo tempo adequado
- Evitar a automedicação recorrente
- Cuidado ao armazenar os medicamentos
- Descartar corretamente
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos. O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano.
O SOnHe é formado por 13 especialistas sendo cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.
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