Obras do teleférico do Complexo do Alemão já passam de 89% em Bonsucesso

Foto: iStock

Transporte atende a 10 mil moradores

As obras do teleférico do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, atingiram 89% de execução na principal estação do sistema, em Bonsucesso. Outros pontos em reforma são Baiana, 49% concluída; Alemão, com 29%; e Adeus, com 21%. As obras foram retomadas em março pelo governo do estado e alcançaram 39% de conclusão ao todo. As intervenções nas estações do Itararé e Fazendinha começarão em agosto. Com percurso total de 3,5 Km e 152 gôndolas, o transporte atende a 10 mil moradores.

Nas seis estações estão sendo recuperados sistemas elétricos de iluminação e controle, instalações hidráulicas, sanitárias, mecânicas, ar-condicionado, coberturas, esquadrias e ferragens, revestimentos e acabamentos. Essa fase das intervenções está orçada em R$ 16,9 milhões, com recursos da concessão dos serviços de saneamento, e devem ser concluídas até dezembro.

A última viagem das gôndolas ocorreu um mês após o encerramento da Olimpíada de 2016, quando o equipamento fechou para uma manutenção. Inaugurado em julho de 2011, ao custo de R$ 253 milhões, as seis estações estavam abandonadas e depredadas.

Em novembro do ano passado, durante missão governamental na França, o governo do estado fechou um acordo com a empresa Poma para a reativação do teleférico. Representantes da multinacional, que detém a exclusividade do sistema eletromecânico do equipamento, vistoriaram o teleférico em setembro e elaboraram um relatório técnico de danos.

Na próxima fase para a volta do teleférico serão investidos R$ 150 milhões, com a recuperação e atualização dos equipamentos. Depois disso, será lançada, pela Secretaria de Transportes, a licitação para operar o Teleférico do Alemão. A previsão é que, no futuro, o Governo do Estado do Rio de Janeiro implante serviços nas estações, como o Detran, ações de meio ambiente e esportivas.

Oportunidade de emprego

A retomada das obras do teleférico trouxe ainda abertura de vagas de emprego, principalmente no que se trata da mão de obra local. Ao todo, 100 pessoas trabalham na reforma das estações e 70% são moradores das comunidades do entorno.  

Sem os serviços, o trajeto ficou mais demorado e mais caro para os moradores do Complexo do Alemão.

– A gente leva mais tempo para chegar em casa e ainda tem que pegar duas conduções às vezes. Muita gente não pode pagar um transporte mais caro. Nossa comunidade precisa do teleférico – diz Paulo Roberto de Souza, 49 anos, morador de Bonsucesso.

A aposentada Marta Oliveira Marques, de 62 anos, já tem planos para quando o teleférico voltar a funcionar:

– Estou ansiosa para voltar a ver amigos e familiares no Morro da Baiana. Não os vejo há quase um ano – conta.

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