por Lucy Mari Tabuti
Afinal, o que é o amor? Qual a sua forma mais pura? Dentre tantas frases e textos que tentam definir este sentimento, não seria ele algo aprimorado pela vida e maturidade?
Quando nos curamos por meio do perdão, nos tornamos mais aptos a receber e a compartilhar o amor na sua plenitude. Veja, enquanto carrego as mágoas da infância, de tudo aquilo que considero falhas ou negligências a meu respeito, o amor que habita em mim não pode se manifestar totalmente, pois existe um muro entre as minhas emoções positivas e emoções negativas.
Somente após a compreensão, que chega com a experiência de vida e da ressignificação de tudo o que já fui e senti é que o meu amor transborda, a ponto de ser compartilhado.
Amor de verdade é quando não há mais julgamentos e sim aceitação. Paro de culpar meus pais por tudo aquilo que me faltou e, finalmente, compreendo que eles me deram o que podiam, o que tinham para dar. A então ausência de julgamento, me permite doar o meu amor em sua melhor forma, tanto para meus pais quanto para meus filhos, cônjuge, amigos, trabalho ou o que for. Tudo é energia e quando ela flui, se espalha para todas as áreas da vida.
Após o não mais julgar de nossos pais, tudo muda. Eu passo a não me autojulgar e não julgar ao próximo. Passo a ter respeito pela vida que cada um tem. Este nível de maturidade e entendimento, me permite olhar no espelho e ver meus ancestrais com orgulho, aceito o que antes eram os supostos defeitos de meus pais em mim, os ressignificando e os transformando em algo novo, quebrando antigos padrões, como um convite para que novos comportamentos cheguem.
Isso é o amor! Quando aceitamos com respeito as pessoas como elas são e depois disso nos aceitamos. Esta fluidez do que se é e do que os outros são abre espaço para o fluir da vida. O que antes era estagnado agora se movimenta e abre espaço para a prosperidade em todos os sentidos da palavra.
O amor aos nossos pais é o mais importante, pois somente a cura das feridas em nossas raízes é que permite a expansão do amor para outras áreas da vida. A primeira consequência deste amor curado é a aquisição do amor-próprio, que se expande para a vida emocional, afetiva, saúde, financeira e tudo o que puder se imaginar.
O amor é a energia da vida.
Tudo está certo.
Existem quatro leis espirituais ensinadas no Hinduísmo, que afirmam o seguinte:
“A pessoa que vem é a pessoa certa”.
“Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”.
“Toda vez que você iniciar é o momento certo”.
“Quando algo termina, termina”.
Ou seja, tudo na vida está correto. Entre o suposto errado e o ponto certo a ser atingido existe uma trajetória que nos ensina, nos fortalece e nos molda exatamente onde precisamos.
E tudo o que acontece ao nosso redor está conectado com essa sabedoria divina.
Tudo é energia. E ela se movimenta por meio do amor.
Se permita sentir o primeiro amor dentro de você, dos seus pais. Olhe para isso e se permita curar e amar seus pais. Todo o resto é consequência desse primeiro amor.
E assim, a vida flui.
Por meio do amor e para o amor, com empatia, num ciclo que nunca termina.
* Lucy Mari Tabuti – empresária, educadora, escritora e psicoterapeuta. Autora do livro “Os 5 fundamentos de reencontro com seu eu” (Literare Books International).
Instagram: @lucymaricriativo
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