Por Willy Rosillo com colaboração de Fernanda Bu-Harb
Como já é de conhecimento global, de que a mudança climática é derivada do resultado das emissões de gases de efeito estufa causadas pela humanidade e que se não havendo uma intervenção em larga escala para mitigar essas emissões consequentemente a probabilidade de consequências graves, generalizadas e irreversíveis aumentará. E um dos fatores inegáveis que contribui para este preocupante quadro é a queima de fontes de energia a partir de combustíveis fósseis.
Como todos sabemos, o agronegócio e toda a sua cadeia logística tem sido o setor estrela da economia Brasileira nestes últimos anos, apesar da forte crise provocada pela pandemia. A aplicação de novas tecnologias e inovações tem ajudado a aumentar a produtividade em larga escala e a tornar os processos envolvidos mais eficazes, contribuindo para uma agricultura mais próxima do ecologicamente correto. No entanto, apesar de tudo isso ser bom para o progresso do agronegócio e do país, não é suficiente. Qualquer processo produtivo, seja em grande escala ou não, demandará consumo de energia mesmo se considerarmos os avanços tecnológicos atuais, os quais, têm contribuído para o uso eficiente da energia utilizada de forma significante, os mesmos não se tornam suficientes para os desafios ambientais que tem que ser cumprido até 2050.
Acredito que muitos devem se perguntar onde o Agronegócio cruza com o setor de energia e como se relacionam. Importante ressaltar que o sistema de energia para ter êxito precisa-se ser visto e analisado como um todo e não de forma isolada.
Analisando os pontos fortes e frágeis do Agronegócio Brasileiro, veremos que a maior fragilidade do Agronegócio Brasileiro em relação aos países desenvolvidos é sua parte logística dada sua dimensão continental, principalmente no que diz respeito ao transporte de commodities. À primeira vista não haverá muita diferença em termos de energia e meio ambiente, contudo se a temática logística fosse resolvida a curto prazo, o impacto positivo nas áreas ambiental, energética e econômica seria muito significativo.
Conforme mencionado anteriormente, a utilização de fontes de energia baseadas em combustíveis fósseis é uma das principais causas das alterações climáticas, sendo a sua redução fundamental. A utilização de energias renováveis são essenciais e é um dos pontos estratégicos dentro dos processos de descarbonização ambiental e na sustentabilidade dos processos agro produtivos. Razão pela qual, por meio de demonstração, avaliação e educação, países desenvolvidos trabalham para abordar e superar as barreiras à adoção mais ampla de tecnologias que aproveitem a energia renovável, como por exemplo a energia solar fotovoltaica, energia eólica, biodigestores e consequentemente o desenvolvimento de um programa educacional objetivando incentivar o uso de esses sistemas de energia em unidades de produção agrícola como fazendas, sítios e fabricas. Importante enfatizar que o investimento e uso inteligente da combinação estratégica de sistemas de transporte de mercadorias pesadas como fluvial, terrestre (rodoviária, ferrovia), e aérea tem sido uma prioridade dentro do sistema logístico em países desenvolvidos.
Afim dos setores econômicos obterem uma descarbonização lucrativa, tornando a economia mais competitiva, dinâmica e ciando um sistema energético mais seguro, sustentável e acessível é irrefutável dizer que as fontes de energia sustentáveis é de extrema importância, assim como um sistema de transporte inteligente, eficaz e competitivo.
A nova era de energias renováveis como a solar, eólica ou a produção de biocombustíveis a partir de matérias-primas agrícolas e digestão anaeróbica ajudará aos agricultores a obter possível independência energética, melhorando a lucratividade e reduzindo as emissões de combustíveis fósseis e uma maior integração do sistema energético nacional.
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