Nuvem de gafanhotos pode chegar ao Brasil em breve

Praga ainda pouco conhecida preocupa autoridades no Brasil, insetos já estão a apenas 130 km de distância, podendo se mover em uma velocidade de até 150 km por dia, vindo para o Brasil e Uruguai

A nuvem de gafanhotos que se aproxima do Brasil e Uruguai preocupa pesquisadores pelos danos enormes que podem causar às lavouras agrícolas. A nuvem já passou pela Argentina e Paraguai, destruindo plantações de milho.

O Ministério da Agricultura do Brasil, está preocupado, já que, durante o percurso, os gafanhotos passarão pelo oeste do Rio Grande do Sul.

Uma forma de combater a nuvem de gafanhotos segundo o entomologista e pesquisador da Embrapa Soja, de Londrina (PR), Adeney de Freitas Bueno, é utilizar inseticidas específicos nas plantações. 

“Porém, o uso de inseticida é paliativo e pode não ter um resultado tão bom, pois são muitos insetos, que voam de forma muito rápida a longas distâncias, em grande quantidade”, explica o pesquisador.

“Quando eles chegam, devoram rapidamente tudo o que é verde. Então, até o produtor tomar a decisão de colocar inseticida e o produto fazer efeito leva alguns dias. Somente para o inseticida fazer efeito são dois dias”, detalha Bueno. Por isso, enfatiza, o monitoramento, neste momento, é muito importante. 

Para prevenir este estrago à longo prazo, segundo Bueno, é fazer o uso racional dos agrotóxicos e manejo integrado de pragas e doenças. 

Pierozzi Júnior reforça que o controle dessas pragas deve ser feito e indicado pelas autoridades, no caso o Ministério da Agricultura. “Até porque, se o agricultor fosse aplicar (inseticida), ele precisaria de um receituário agronômico para comprar o defensivo, e isso é fiscalizado.”

“Esta espécie causa danos em todas as suas fases de crescimento, possui um aparelho típico de boca para mastigar e ataca a parte aérea dos vegetais silvestres e cultivados”, dizem os argentinos, reforçando que o inseto não traz nenhum risco aos humanos e nem é vetor de doenças.

Segundo o Ministério da Agricultura do Brasil, os insetos estão no Brasil desde o século 19 e causaram grandes perdas às lavouras de arroz na região Sul do país nas décadas de 1930 e 1940.

Deixe o seu comentário

Comente

Seu e-mail não será publicado.


*