Nova empresa aérea ‘low cost’ no Brasil

Foto: André Coelho

O anúncio foi transmitido por Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura em sua conta no Twitter

Saiu o comunicado esta semana através do ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, que o grupo espanhol Globalia, dono da Air Europa, vai estabelecer uma nova empresa de aviação no Brasil. Será a primeira posterior a publicação da medida provisória 863/2018, que abre o setor aéreo ao capital estrangeiro, atualmente reduzido em 20%.

De acordo com Tarcísio, a licença será pedida em breve. “Importante para equilibrarmos oferta de voos e reduzir o preço da passagem”, ressalta Freitas, que ainda complementa que “obtendo outorga, ela vai contratar pilotos e tripulação brasileira, gerando empregos, concorrência no setor e novos investimentos no país”.

Uma comitiva de executivos da Globalia e dono da Air Europa fizeram uma reunião na quinta-feira (30), na Capital Federal com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do turismo Marcelo Álvaro Antônio.

Os estrangeiros pedem apoio ao governo brasileiro para que o início das operações seja agilizado no mercado doméstico. E a promessa de um pacote de investimentos no Brasil, incluindo dobrar as 18 frequências internacionais atuais em dois anos, juntamente em parceria com a Air France-KLM. Além da melhoria na malha aérea, está nos planejamentos, a construção de hotéis, entre outros negócios.

Otavio do Rego Barros, porta-voz da Presidência, informou que Bolsonaro usará “estudos técnicos” para decidir sobre a sanção ou não quanto ao texto da MP 863, a “MP das Aéreas”, que entre outras, obriga as companhias aéreas a despacharem bagagens gratuitamente, invalidando uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A Air Europa será a primeira empresa a atuar com o modelo ‘low cost’ no mercado doméstico. A empresa chilena Sky e a norueguesa Norwegian já trabalham com modelo low cost no Brasil, mas com voos internacionais para Santiago e Londres.

Outros tipos de investimentos já foram arquitetados pelo grupo que bateu 3,68 bilhões de euros em faturamento em 2017, dado mais recente disponível. Existe a possibilidade de construir dois empreendimentos da Be Live na área de hotelaria da Globalia, talvez no Nordeste, além de incluir destinos e produtos turísticos do Brasil no portfólio de vendas de mais de mil agências de viagens do grupo.

Outra grande ideia é estabelecer no país a sede para a região das Américas Central e do Sul da Wakalua, uma aceleradora de start-ups no segmento de viagens.

No entanto, o ministro Álvaro Antônio, sem relatar a pauta da reunião ocorrida hoje (30), se limitou apenas a dizer sobre a importância em ampliar a competitividade na aviação nacional: “Aumentar a conectividade é fundamental para fomentar o turismo interno. Com apenas 12,4% de estradas pavimentadas e sem transporte estruturado de passageiros por ferrovias ou marítimo/fluvial, o único modal que pode promover a integração do país num curto espaço de tempo é o aéreo.

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