Niterói inaugura hospital de referência para casos graves de coronavírus

Hospital Oceânico não vai atender demandas de emergências. Niterói já possui quatro unidades de referência para quem tiver sintomas da Covid-19

A Prefeitura de Niterói inaugurou o Hospital Oceânico, em Piratininga, nesta sexta-feira (10). Esse é o primeiro hospital de referência inaugurado apenas para atender casos graves de coronavírus. Nesta primeira fase, já estão disponíveis 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) equipados com respiradores. A expansão das vagas vai acontecer de forma gradativa, conforme a evolução do número de casos na cidade, e chegará a 140 leitos.

O Prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, diz que a inauguração do hospital, no prazo recorde de 20 dias, só foi possível devido ao esforço da equipe.

“Esse é o primeiro hospital referência apenas para tratar da Covid-19 inaugurado no Rio de Janeiro. Já temos equipes qualificadas e protocolos de saúde devidamente regulamentados prontos para salvar vidas de muitos niteroienses. Preciso ressaltar que esse hospital não é de emergência aberta. Se você está sentindo sintomas leves como tosse, fique em casa. Caso sinta algo mais forte, como uma falta de ar, procure uma das quatro unidades referenciadas: Hospital Municipal Carlos Tortelly, Hospital Municipal Mário Monteiro e as Policlínicas da Engenhoca e do Largo da Batalha. Apenas os casos mais graves serão encaminhados dessas unidades para o novo hospital. Preciso lembrar que o mais importante é a atitude de cada cidadão de Niterói de perseverar em casa porque os próximos dias serão muito trágicos. Precisamos atravessar esse período salvando o máximo de vidas. Permaneçam em casa”, explicou o prefeito. 

A inauguração contou com a presença do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e do Secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, por teleconferência.

O governador do estado do Rio, Wilson Witzel, lembrou a dificuldade que tem sido tomar essas atitudes e manter o isolamento.

“No momento, o mais importante é preservar vidas e o mundo todo está tomando essas providências e se preparando para poder atender as pessoas que mais vão precisar. O momento é difícil, mas vamos ter que manter essas restrições por mais uns 60 dias, com um protocolo para circulação de pessoas, mas até lá precisamos manter o isolamento e preparar as unidades de saúde. Temos um número expressivo de pessoas que está se recuperando, em torno de 25% dos internados, e isso mostra que precisamos manter os hospitais funcionando para receber esses doentes e nossa corrida pela vida precisa continuar. Precisamos agir com rigor nesse momento. Temos que ponderar, o direito à vida e o direito à liberdade. O direito à vida é o mais importante nesse momento. Sempre repito, nós conseguimos recuperar empresas, mas pessoas não conseguiremos ressuscitar. Precisamos fazer nosso papel como cidadãos e como governantes que somos, desde que assumimos esse papel, o nosso dever é de cuidar das pessoas”, explica o governador.

O Secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, reforçou o coro.

“Em respeito aos profissionais de saúde que estão na frente dessa batalha, permaneçam em casa. Não é hora de ir à praia, dar uma voltinha no calçadão, corrida ao ar livre, pois isso, nesse momento, não representa saúde e sim um risco não apenas para quem faz, mas todas as comunidades. Àqueles que podem seguir o isolamento, fiquem em casa”, disse o secretário Edmar.

Hospital pronto em 20 dias – O novo hospital foi construído pela iniciativa privada, nunca foi inaugurado e estava fechado há dois anos quando foi arrendado pela Prefeitura como mais uma das medidas para garantir o auxílio médico para a população da cidade durante a pandemia do novo coronavírus. A Prefeitura realizou um trabalho de adequação das instalações e compra e implantação de equipamentos para a unidade entrar em operação. Além disso, o Hospital Carlos Tortelly também foi ampliado e atualmente conta com um novo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com 14 leitos exclusivos para casos de coronavírus, todos com respiradores, além de enfermaria destinada apenas para pacientes com a doença.

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