A intersetorialidade é um processo fundamental para a articulação e integração de diversos órgãos e instituições empenhadas na efetivação dos direitos sociais.
Buscando promover ações necessárias entre os serviços que cuidam de pessoas com problemas relacionados ao uso abusivo de álcool e outras drogas, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, através da Proteção Social Básica (PSB), em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas de Alcântara (Caps AD III) e a Atenção Básica de Saúde, promoveu uma roda de conversa para usuárias do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) Rio Do Ouro, em SG.
Para discutir sobre “Mulheres e uso de Drogas: Superando Barreiras de Acesso e Ampliando o Cuidado”, a articuladora de rede do Caps AD III, Arlete Inácio, destacou a importância da intersetorialidade no atendimento à população.
“Esse trabalho em conjunto facilita o acesso das mulheres aos serviços que cuidam de questões relacionadas ao uso de álcool e outras drogas e que não precisam ser obrigatoriamente no Caps AD. Podemos atuar em conjunto no território, já que nem sempre é possível que a população se desloque até os equipamentos, mas esses podem, juntamente com outros dispositivos, realizar o cuidado nos territórios. Entendemos que esta questão não pode ser resolvida apenas pela saúde, mas sim no trabalho articulado em conjunto com todos os serviços oferecidos também pela assistência social, educação, justiça, entre outros”, explica Arlete.
A iniciativa de realizar a roda de conversa surgiu a partir do estudo de caso de uma usuária do Cras Rio Do Ouro. De acordo com Mônica Bastos, coordenadora do centro de referência, a ideia é montar um grupo para atender as mulheres da região que têm problemas com o uso abusivo de álcool e outras drogas, atuando na redução de danos.
“Esta parceria é necessária para ampliar as oportunidades de prevenção e tratamento no âmbito da saúde física e mental da nossa população. Este encontro proporcionou um momento de construção e aquisição de conhecimento e saberes de uma questão tão latente em nossa sociedade, que precisamos discutir e contribuir propondo ações que contribuam para o acesso à saúde, através de um tratamento humanizado capaz de ampliar o horizonte dessas mulheres, não só em nossa comunidade, mas na sociedade como um todo”, ressalta Mônica.
A subsecretária da PSB, Sandra Valéria Britto, afirma que a intersetorialidade é essencial na garantia de direitos dessas pessoas. “Devido ao índice da população feminina que faz o uso abusivo de drogas, buscamos entender mais desse universo, buscando junto às redes de saúde e socioassistencial meios para ajudarem essas mulheres buscarem o tratamento e superarem as dificuldades encontradas durante o trajeto”, destaca Sandra.
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