Mais uma alta emocionante ocorreu em Niterói. O jovem João Gabriel Ribeiro, de apenas 11 anos, que desenvolveu complicações graves pela Covid-19 e passou 12 dias internado no CTI do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, no Fonseca. O adolescente foi aplaudido pela equipe e ganhou um certificado de vencedor da doença ao deixar o local. Niterói possui 2.034 recuperados do novo coronavírus, de acordo com dados da Fundação Municipal de Saúde.
A médica Roberta de Mattos, uma das responsáveis pelo paciente, explica que o menino chegou com um quadro muito grave e precisou de cuidados intensivos desde o primeiro atendimento. Ele ficou entubado por cinco dias.
“O João chegou com fortes dores abdominais, diarreia e vômito, e precisou ser entubado imediatamente. Pela gravidade do caso, ele tinha grandes chances de evoluir para óbito, mas com as medicações que fizemos e o suporte que foi dado pelo hospital, o paciente evoluiu muito bem e volta para casa recuperado”, detalhou a médica.
A mãe de João, Marcelly Ribeiro, contou que foram dias de angústia e agradeceu a equipe pela assistência prestada ao filho.
“Nunca pensei que fosse passar por isso, ver meu filho nessa situação, entre a vida e a morte, foi terrível. O pior momento para mim foi quando ele teve que ser entubado e eu não conseguia mais falar com ele por causa do coma induzido. Mas agora veio o alívio e graças a essa equipe maravilhosa e toda a estrutura que foi disponibilizada, meu filho venceu. Muita gratidão por cada profissional que salvou a vida do meu pequeno”, agradeceu a mãe.
O Hospital Getulinho, que está na linha de frente no atendimento das crianças que desenvolvem a doença na cidade, conta com 20 leitos exclusivos para Covid-19, sendo 10 com estrutura de terapia intensiva e respiradores.
De acordo com a diretora da unidade, Elaine Lopez, o cuidado com as crianças deve ser redobrado, já que mesmo em casos leves – que ocorrem na maioria das vezes – elas são potenciais transmissoras. Ainda segundo a diretora, apesar de rara, a Covid-19 pode desenvolver a forma grave nesses pacientes e evoluir para complicações importantes.
“As crianças não estão livres do vírus, elas também podem desenvolver a forma grave e outras complicações que podem levar a morte. Por isso, organizamos o hospital para atendimento desses casos, dos suspeitos aos confirmados, com toda estrutura necessária para garantir a máxima qualidade do atendimento aos nossos pacientes e segurança aos profissionais”, destacou Elaine, alertando que é fundamental que sejam seguidas as medidas de prevenção.
Deixe o seu comentário