Em seis meses, pouco mais de 35 mil mulheres foram agredidas dentro de sua própria casa
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) aponta que houve um aumento de 10,93% nas denúncias de violência doméstica no Brasil apenas no primeiro semestre de 2019, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
De janeiro a julho deste ano, a Central de Atendimento à Mulher (disque 180) recebeu 46.510 denúncias de abusos contra mulheres. Deste número, 35.769 são casos de violência doméstica.
Em 2018, foram 92.663 denúncias de maus tratos à mulher em todo o país, sendo 62.485 de violência doméstica e familiar, 12.878 de ameaças, 3.209 de violência psicológica, 3.065 de cárcere privado e 2.317 de estupro. Além dos 2.075 casos registrados de tentativa de feminicídio e 63 feminicídios de fato.
De acordo com a promotora de Justiça Gabriela Manssur, a disparada no número de ocorrências de violação contra à mulher vem do aumento dos direitos feministas no Brasil. “Há um maior conflito porque os homens não aceitam a liberdade de comportamento”, disse.
Na maioria dos casos, o agressor é uma pessoa do ciclo social da vítima, como: o pai (6%), padrasto (4%), filho (4%), irmão (3%), mas, principalmente, ex (14%) ou atual companheiro (36%). Estes dados foram levantados pela Vigilância de Violências e Acidentes (VVA/SVS/MS).
Segundo a pesquisa, a violência sexual atinge mais crianças e adolescentes, enquanto as agressões físicas fazem vítimas na faixa etária dos 20 anos aos 39 anos (em 55% das ocorrências).
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