A Eppendorf, multinacional alemã especializada em biotecnologia e life science, está atualizando o contrato dos funcionários elegíveis ao teletrabalho nas operações do Brasil. De acordo com o último decreto do Governo de São Paulo – onde a filial do Brasil fica instalada – o trabalho via home office foi estabelecido até o último 16 de novembro. Mas, independente de um novo decreto, por medidas cautelares, a Eppendorf optou por seguir o modelo de teletrabalho permanente para preservar a saúde dos seus colaboradores.
Alguns funcionários remotos da multinacional alemã, já adotam o home office permanente, mas com a pandemia, essa perspectiva para outros setores da empresa se expandiu. Segundo Ana Paula Aukar, diretora de operações da empresa no Brasil e América Latina, pensando a médio e longo prazo, este modelo nos traz inúmeros benefícios: maior tempo disponível para a família, cuidados pessoais, como a prática de atividades físicas; menos tempo no trânsito; ajuste de agenda; maior aprendizado e concentração; melhor definição das prioridades; redução de custos, entre outros fatores.
A seguir, uma pequena entrevista com a CEO, sobre o panorama completo deste tipo de modelo operacional e seu impacto econômico.
– A Eppendorf adotou o home office antes da pandemia ou durante a pandemia? E como foi isso? Foi gradual?
Aukar: Implementamos antes, um mês antes, não houve tempo de ocorrer a mudança e, devido a pandemia tivemos que adotar o home office de março até hoje.
– Quando e por que a empresa optou em manter o home office permanente? Por causa da pandemia, da possível segunda onda de Covid, pela economia de custos, performance dos funcionários, ou por quais motivos?
Aukar: O home office está sendo feito no momento da pandemia, com o objetivo de primeiro cuidar da saúde dos colaboradores e de sua família. Notamos o aumento na qualidade de vida, menos tempo em deslocamento e aumento da produtividade (foco, concentração dos colaboradores entregando excelentes resultados). Entendemos também que é importante estar junto com a família, e, com esta nova realidade operacional há maior condição de educar o filho desde o preparo da alimentação até o acompanhamento de forma geral. A Eppendorf tem esse compromisso social. Em relação à redução de despesa, houve uma economia. Estamos adotando o modelo de teletrabalho, modelo híbrido de home office e ida ao escritório, cujo percentual maior é em modelo home office.
Os resultados mostraram-se positivos porque estabelecemos uma relação de confiança com nossos colaboradores e os processos se encontram bem desenhados. Pensando na saúde mental das famílias, oferecemos, uma vez por mês, desde outubro, o dia da família, no qual o colaborador com filho (s) pode tirar um dia de lazer para estar com suas crianças.
– O novo modelo traz redução de custos para a empresa?
Aukar: Há economia sim, porém pensamos em oferecer auxílio de luz e internet, com o ajuste de despesas gastas anteriormente em transporte. A ideia seria uma alocação de recursos, em fase de avaliação.
Sobre a Eppendorf
Fundada em 1945, em Hamburgo, a Eppendorf possui fábricas nos Estados Unidos e Europa. Conta ainda com mais de 26 subsidiárias em diferentes países. Seu escritório no Brasil opera há 20 anos, atendendo aos mercados brasileiro e latino-americano. A empresa também é pioneira no desenvolvimento e comercialização de instrumentos, desde a década de 1960, com o lançamento da primeira centrífuga com sistema de medição em microlitros no mercado, incluindo microecentrífugas, microtubos, entre outros produtos, revolucionando a investigação em biociência em todo o mundo.
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