Não basta ter uma boa ideia, é preciso investir em profissionais qualificados. Com a mortalidade em 90% das startups, é crescente a demanda por especialistas

Os negócios na era digital apresentam inúmeras oportunidades. Principalmente pela velocidade das mudanças e consequentes disrupções. Porém, é preciso estar atento à  escolha dos profissionais, com formações diversificadas, principalmente, em tempos de taxas altas taxas de “mortalidade” das startups. Foi pensando em um setor aquecido, e em transformação, mas sem um número representativo de profissionais qualificados para criar e gerenciar produtos digitais, que o IAG, a Escola de Negócios PUC-Rio, lançou o curso “Produtos Digitais: Gestão, Concepção e Construção” que prepara profissionais para atuar na área. 

As estatísticas mostram que mais de 90% das startups digitais fracassam, no Brasil e EUA. Um dos principais motivos para esta altíssima taxa de mortalidade é a dificuldade de execução. Afinal, uma boa ideia não é mais suficiente. O coordenador do curso e professor do IAG, Escola de Negócios PUC-Rio, Marcello Póvoa explica o diferencial do curso “Um seleto grupo de professores, feras do mercado nacional e internacional, vai apresentar os pontos críticos de sucesso nas três áreas envolvidas neste caminho desafiador: Business, Criação e Tecnologia. Em aulas online, ao vivo, os professores vão detalhar cases digitais premiados, abordando algumas das marcas mais famosas do universo digital”, explica.

Atualmente o mercado vem se mostrando ainda mais agressivo, pois as informações mudam cada vez mais rapidamente. Com isso, os gestores não conseguem fazer previsões. A humanidade, por exemplo, produziu mais informação nestes últimos vinte anos do que em toda a sua história anterior somada. Segundo o professor Marcello Póvoa, “A evolução da internet das coisas (IoT) e da inteligência artificial vai potencializar ainda mais a velocidade das mudanças. Consequentemente, é muito mais difícil prever o futuro hoje do que era há 10 ou 20 anos atrás. Estamos adentrando em uma era de incertezas. O plano ético será fundamental para que consigamos usar toda esta rápida mudança a nosso favor: socialmente, economicamente e ecologicamente”.

Além disso, para ser bem-sucedido na criação de produtos digitais (apps, site, software) é preciso formar equipes com profissionais de formação diversificada. Póvoa comenta que os principais desafios para uma boa execução de uma ideia digital “Ela precisa materializar-se em um produto digital (app, site, software). Nesse processo, entram variáveis multidisciplinares de três áreas do conhecimento: Business, Criação e Tecnologia, cada uma englobando uma enorme quantidade de conhecimentos, estratégicos e operacionais, que são cruciais para o sucesso.

O curso é indicado para profissionais ligados às estratégias digitais em empresas ou startups, ou interessados em atuar, em qualquer segmento de negócio e  investidores. As aulas ocorrem  três vezes por semana (segunda-feira, terça-feira e quarta-feira,  às 19h30, com três módulos de 30 horas cada.

Zebras e Unicórnios 

O mercado de startups, principalmente, no Brasil conhece bem o termo Unicórnio, usado para apresentar empresas que atingem o valuation de U$1 bilhão, como Nubak, 99, Ifood e Loggi entre muitos nomes. Atualmente, os processos de capital de risco privilegiam a quantidade, e não a qualidade do resultado de uma startup.  Os investidores querem saídas rápidas, privilegiando sempre o lucro do acionista.

Porém, essa corrida por capital é deixada de lado, em um ensaio escrito pelas americanas Jennifer Brandel, Mara Zepeda, Astrid Scholz e Aniyia Williams é cunhado o termo ‘zebra’ para definir um movimento inclusivo cujo foco está em startups construindo negócios que abordam questões a partir de uma lente de impacto social e estão focados na geração de receita. As empresas classificadas como zebras podem ter um impacto sem precedente na sociedade. 

O professor Marcello Póvoa explica que “o unicórnio é um animal mítico. Sendo assim, os investidores esperam resultados mágicos como, por exemplo, um crescimento relâmpago, quase monopólios e um IPO recordista com retornos de 100 ou até 1000 vezes. Uma empresa “zebra” é diferente. As zebras são animais reais que evoluíram para preencher e prosperar em um nicho específico. Ao contrário dos unicórnios, as zebras são eficientes e consistentes”.

As empresas unicórnio podem satisfazer um mercado muito maior, mas as empresas zebra podem oferecer mais opções aos fundadores em mercados mal atendidos fora dos principais mercados de capital de risco em Nova York e no Vale do Silício. Além disso, os fundadores das empresas zebra subrepresentados podem ter melhor acesso ao capital. Às vezes, sua execução pode ser mais lenta do que as empresas unicórnio, mas as empresas zebra podem fornecer mais oportunidades para mais empreendedores.

“Produtos Digitais: Gestão, Concepção e Construção”

Modelo: Aulas Síncronas (ao vivo)

Data: Início em 04 de Outubro de 2021 – Segunda, terça e quarta.

Horário: 19h30 às 21h

Investimento: R$ 5.490,00 à vista (boleto) ou em até 12 parcelas de R$ 457,50

Inscrições:https://iag.puc-rio.br/curso/produtos-digitais-2/