Empresários levaram ao governador em exercício, Claudio Castro, pleitos em prol do desenvolvimento regional. A questão fiscal foi um dos principais temas abordados
Empresários da Firjan entregaram ao governador em exercício, Cláudio Castro, na tarde deste domingo (10/1), em Nova Friburgo, um documento que enumera os principais pleitos do setor industrial do Centro-Norte Fluminense nas áreas de infraestrutura, ambiental, administrativa e fiscal. O governador afirmou que a “redução dos impostos é prioridade no governo”.
O documento está alinhado ao Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, uma agenda estratégica construída pelos empresários da Firjan com soluções para os entraves ao desenvolvimento econômico e social das regiões fluminenses. Um dos pleitos apresentados foram melhorias de conservação e sinalização nas rodovias estaduais RJ-116 (principal ligação com a região metropolitana) e RJ-142 (a Rodovia Serramar), além da construção dos contornos rodoviários de Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Macuco, retirando veículos de carga das áreas centrais dessas cidades e diminuindo os custos de logística.
“As questões apresentadas ao governador são essenciais para a continuidade das empresas e desenvolvimento da região. A criação de novos negócios e a abertura de postos de trabalho passam pelas políticas de incentivos fiscais do governo, principalmente, quando não se consegue competir em igualdade com os estados vizinhos. Além disso, a qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana é um dos fatores decisivos para a atratividade de investimentos”, analisou Márcia Carestiato Sancho, presidente da Firjan Centro-Norte e integrante do grupo de empresários que se encontrou com Cláudio Castro.
Sobre o FOT (Fundo Orçamentário Temporário), um dos temas levados pela Firjan ao encontro, o governador disse que o Rio deve viver livre da arrecadação extraordinária dos Fundos: “A carga tributária da indústria do Rio de Janeiro é pesadíssima, talvez a mais pesada do Brasil. Não se pode taxar mais do que já se cobra. O estado precisa se ver livre dessa arrecadação extraordinária dos fundos. Precisar gastar apenas o que arrecada e nada mais”.
Em relação à redução do custo do combustível, defendido pela Firjan para o aumento da competitividade das empresas, Cláudio Castro anunciou que colocará em prática a redução do preço da gasolina e que já discute investimentos no setor ferroviário que permitirão a expansão do Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense.
Lideranças setoriais em destaque no encontro
Outras lideranças industriais da Firjan falaram ao governador e à plateia de líderes locais durante o encontro. Antônio Carlos Celles Cordeiro, presidente do Conselho Empresarial de Agronegócio e Produtos Alimentares da Firjan, destacou a criação do conselho e disse que o colegiado de empresários ajudará o interior. “O Rio não tem políticas públicas para o segmento de fabricação/produção de alimentos. É necessário um projeto de longo prazo para aumentar a produtividade e tornar o Rio autossuficiente, já que o estado é um grande consumidor e importa 80% dos alimentos de outros estados”, explicou.
Mauro Alvim, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Nova Friburgo (Sindmetal), pediu investimentos de infraestrutura no interior para frear o processo de desindustrialização e permitir que as empresas do setor possam se adequar para vender para o mercado de Óleo e Gás. Já Marcelo Porto, presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Nova Friburgo e Região (Sindvest), agradeceu o esforço para manter a Lei da Moda para garantir o equilíbrio das indústrias de confecção e o crescimento do segmento: “Apesar dos convites que as empresas recebem para ir para outros estados, seguimos acreditando no Rio e na nossa região”.
O Centro-Norte é formado por 12 municípios e tem sua economia baseada na indústria de transformação e agropecuária. Os segmentos metalmecânico e de vestuário lideram a oferta de postos de trabalho, mas também contam com a indústria cimenteira, de plásticos e de alimentação, além do turismo com participação relevante na economia estadual.
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