O gás natural veicular (GNV) está em processo de mudança, no qual tem gerado muita polêmica. A medição nos postos deixaria de ser por metro cúbico e passaria a ser feita por quilos. A ideia partiu do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que abriu consultas públicas sobre o assunto até o mês de abril. A justificativa é de que dados apontaram diferenças entre o volume de gás pago e o de fato abastecido. Para fontes do setor, esta alteração poderá deixar o GNV até 35% mais caro, deixando os consumidores confusos.
Há um contestamento por parte do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Rio de Janeiro (Sindirepa) quanto ao levantamento do Inmetro, realizado na Região Metropolitana do Rio, que apresentou 22% de diferença entre a quantidade definida e o volume abastecido. Para Celso Mattos, presidente da entidade, a tal pesquisa apurou a situação de apenas sete dos 1.759 postos que fornecem GNV no país.
“Para uma alteração de impacto significativo na ordem econômica do país é importante que seja embasada tanto em uma pesquisa estatisticamente válida quanto na ampla discussão com todos os fatores afetados pela alteração da precificação do GNV na bomba”, esclarece Celso.
Ainda que o preço final para encher um cilindro, com capacidade de 15 metros cúbicos ou 11,5 quilos continue o mesmo, em torno de R$ 47,98, o valor por unidade divulgado nos postos de GNV será 35% mais alto se a mudança for aprovada.
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