A campanha é um alerta sobre a importância do tratamento da Cefaléia em salvas
“Vocês sabem o que é cefaléia em salvas? É uma das piores dores que existe. Ela acomete 0,1% da população ao ano. Ou seja, todo ano mais de 200 mil pessoas no Brasil são diagnosticadas com essa dor terrível, que muitas vezes leva muito tempo para ser diagnosticada e tratada corretamente. Por isso, é tão importante a causa ser divulgada, pois quem sofre do problema, precisa ter o diagnóstico e o tratamento corretos o quanto antes. Já existe tratamento, mas mais pesquisas e investimentos nessa área são necessários para se avançar com esse tratamento e melhorar a qualidade de vida dos portadores dessa condição. Por isso essa campanha é necessária” declarou a atriz Simone Zucato que está apoiando a campanha da neurologista Dra. Maria Eduarda Nobre.
A campanha ajuda a diagnosticar e tratar pessoas que sofrem com esse tipo de cefaléia.
Palavra da especialista:
“Existem mais de 300 tipos de dores de cabeça e a Cefaléia em Salvas é a dor mais intensa e incapacitante de todas. As crises são sempre do mesmo lado da cabeça, geralmente em torno do olho, associadas a lacrimejamento, entupimento nasal, vermelhidão no olho e queda da pálpebra. Dura em torno de 45 min e pode vir várias vezes no mesmo dia. O período das crises duram alguns meses e depois desaparecem por meses ou anos. Em algum momento elas retornam e esse ciclo se repete por toda a vida, por isso é denominada Cefaleia em Salvas, pois vem de tempos em tempos.
A causa é desconhecida e não há cura, mas há tratamento, que deve ser iniciado assim que as crises aparecerem. O padrão mais comum é ser anual, durando 1 a 2 meses, geralmente na mesma época ou estação do ano.
Realizamos a Campanha de Conscientização sobre a Cefaleia em Salvas todos os anos para alertar sobre os sintomas. O especialista indicado para diagnóstico e tratamento é o neurologista e os portadores podem contatar a Sociedade Brasileira de Cefaleia ou a Abraces (Associação Brasileira dos portadores de Cefaleia em Salvas) para localizar um especialista em sua cidade, ou até mesmo se informar sobre atendimentos em serviço público.”, declarou a neurologista da UFRJ Maria Eduarda Nobre.
Maria Eduarda Nobre – Neurologista pela UFRJ
Mestrado e Doutorado em Neurologia pela UFF, Membro da Academia Brasileira de Neurologia, Membro da International Headache Society e Membro da Sociedade Brasileira de Cefaléia.
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