Eficiência energética pode reduzir em números consideráveis por ano as contas domésticas

Foto: Pixabay

Brasil está na penúltima posição do ranking internacional sobre o assunto e depende de empresas e pessoas físicas mudarem seus hábitos de energia por uma questão de economia e conscientização. Evento no Paraná pegou carona na Conferência e debateu o tema, apontando soluções em iluminação e na indústria

Líderes globais de energia e clima reunidos na Conferência Global de Eficiência Energética da Agência Internacional de Energia (AIE) estabeleceram várias ações em conjunto para acelerar melhorias na eficiência energética no mundo. O objetivo é reduzir não só as contas de energia de pessoas físicas e empresas, mas, também, amenizar o estado de submissão e dependência de combustíveis importados e, principalmente, reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

No fim da Conferência, que ocorreu na Dinamarca, representantes seniores de 24 países – incluindo Alemanha, França, Japão, Indonésia, México, Senegal e Estados Unidos, bem como as Uniões Africanas e Europeias – emitiram uma declaração conjunta enfatizando a importância da eficiência energética para enfrentar muitos dos desafios críticos atuais, incluindo a crise energética, pressões inflacionárias e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.

Nos cálculos da AIE, a eficiência energética cooperaria para abater as contas de energia domésticas em pelo menos US$ 650 bilhões por ano até 2030 em comparação com as políticas atuais.

No Brasil, apesar do país estar na penúltima posição no ranking internacional da eficiência energética entre as 16 maiores economias do mundo, à frente somente do México, a Reymaster, especializada no comércio de venda de materiais elétricos para o setor residencial, comercial e industrial em Curitiba e região, vem lutando continuamente para que o assunto se torne a bola da vez. Prova disso é a realização de um evento de conscientização, que ocorreu também no início do mês, “pegando carona” com a Conferência Global, e que contou com 40 participantes, representantes de importantes indústrias do Paraná, como técnicos, engenheiros e coordenadores do setor elétrico industrial.

Na visão de Felipe Martins, promotor técnico da Reymaster e um dos expositores na atividade, a eficiência energética tem um papel singularmente importante a ser trabalhado agora, visto que os valores globais de energia são altos e voláteis, prejudicando economias inteiras: “Não podemos mais adiar esse tema. É preciso mudarmos hábitos imediatamente”, disse. “Afinal, são vários os benefícios de se ‘fazer mais com menos’, entre eles podemos destacar que além de contribuir com um meio ambiente mais salutar, teremos redução do consumo de energia, o que resultará na redução dos preços das contas e maior segurança, no tocante à eletricidade, para as casas e ambientes de trabalho”.

Neste sentido, Gustavo Batista, engenheiro eletricista e promotor técnico na Reymaster, explicou no evento que o primeiro passo a ser dado está na iluminação inteligente, “para o controle exato do uso de energia elétrica, sendo capaz de oferecer resultados reais e palpáveis, no que diz respeito à economia e à sustentabilidade”.

Durante o encontro, foi possível ver, na prática, com produtos da Philips para iluminação industrial exemplificando, como o uso desse tipo de tecnologia promove, indiretamente, a conscientização e a mudança de hábitos dos usuários sobre o uso abusivo de energia.

Outro aparelho importante no universo da eficiência energética apresentado foi o inversor de frequência, utilizado para partidas de motores. “Trata-se de uma solução que controla a frequência que é fornecida ao motor, variando, assim, a sua velocidade e adquirindo uma economia de energia de até 50% em relação às partidas diretas, que ocorrem quando se liga o motor diretamente na rede de energia, sem intermédio algum”, explicou Felipe.

Na opinião dos especialistas, viabilizar esse tipo de atividade é bem importante para a economia financeira das empresas, o que possibilitará em curto prazo mais investimentos na cadeia produtiva e no seu próprio crescimento.

Por fim, vale lembrar que sistemas mal dimensionados podem levar a gastos exorbitantes e até a multas por parte das concessionárias de energia.

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