Em janeiro de 2019, a região amazônica registrou um aumento de 54% no desmatamento, em relação ao mesmo período do ano passado
O Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), através do Boletim do Desmatamento (SAD), apontou um crescimento de 54% na devastação da Amazônia somente em janeiro deste ano, em comparação ao primeiro mês de 2018. Tal dado significa 180 km2 de área desmatada apenas em 2019, enquanto em janeiro do ano anterior, foram 70 km2.
O Pará, com 37%; Mato Grosso, com 32%; Roraima, com 16%; Rondônia, com 8%; Amazonas (6%); e o Acre (1%) lideram o ranking dos estados que mais desmataram a Amazônia. Em relação às áreas devastadas, as estatísticas continuaram iguais aos meses anteriores, quando 67% do desmatamento aconteceu em locais privados ou que estivessem sob diversos estágios de posse. Os outros registros de devastação ficaram concentrados em assentamentos (21%), terras indígenas (7%) e Unidades de Conservação (5%).
O Imazon também divulgou, em fevereiro, um estudo a respeito das ameaças e pressões que as Áreas Protegidas (APs) correm. A ameaça é quando, numa distância de 10 km, se mede o risco de acontecer desmatamento no interior das APs. E a pressão é o processo interno de possível desestabilização legal e ambiental de uma AP. O instituto concluiu que, entre os meses de agosto e outubro de 2018, as APs que mais correram risco foram a Resex Chico Mendes (Acre) e a Flona do Iquiri (Amazonas). A cada trimestre, o Imazon irá divulgar um relatório sintético de ameaças e pressões em APs, através de dados apurados pelo SAD, e também um relatório anual mais completo.
Porém, os alertas de desmatamento e degradação florestal da Amazônia realizados pelo Imazon são feitos via Google Earth Engine (EE), através de captação de imagens de satélite e mapas digitais. Então, estes dados não são considerados oficiais, uma vez que o Governo Federal só abrange os índices de desflorestamento da Amazônia coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE. Ambos institutos divergem tais números com frequência, já que o Imazon e o INPE utilizam métodos distintos para as análises.
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