Dê match com a saúde e saiba como evitar Infecções Sexualmente Transmissíveis

É importante ter atenção quantos aos sintomas e os tipos de infecções mais comuns

HIV, Sífilis, HPV e Clamídia. Essas são algumas das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que mais amedrontam a população. Comuns em todo o mundo, costuma ocorrer em pessoas que têm contato com mais de um parceiro, descuidando da proteção durante a relação sexual. Mas as pessoas sabem quais são as doenças com maior risco de contágio nessa época do ano?

HIV
O vírus é transmitido por meio do contato sexual e pelo sangue, como com o compartilhamento de seringas, agulhas e outros instrumentos perfurantes ou cortantes. Os objetos não perfurantes, como talheres e copos, ou mesmo o compartilhamento do vaso sanitário, são mitos em relação às formas de transmissão da doença, mas que muitos ainda acreditam.

“A infecção pelo HIV costuma ser silenciosa por muito tempo e muitos convivem com ela sem saber, aproximadamente 135 mil pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Por outro lado, ter o diagnóstico precoce é fundamental para o êxito do tratamento”, explica Dra. Carolina Lázari, consultora médica em Infectologia do Grupo Fleury, detentor da marca Felippe Mattoso no Rio de Janeiro.

Para a especialista, todo o cuidado é pouco, por isso a importância do uso de preservativos – um dos métodos mais efetivos para evitar a transmissão do HIV, mas também de outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis e hepatite. “O uso da camisinha deve ser fortemente estimulado, e a data de validade e as instruções devem ser atentamente seguidas para evitar que o material se rompa ou que haja vazamentos”, completa.

Uma dúvida muito comum é sobre manicures e estúdios de tatuagens. Nesses casos, não é frequente a transmissão do HIV, mas sim dos vírus das hepatites B e C. Para evitar a proliferação destas doenças, a atenção deve ser voltada – além da prática de sexo com proteção – para as agulhas e seringas, que devem ser esterilizadas e descartáveis, e para os alicates de unha e outros instrumentos, que devem ser muito bem higienizados e esterilizados. Escolher um local que inspire confiança e ter o próprio kit para unhas são boas pedidas. Vale lembrar que, para a hepatite B, é possível se proteger tomando vacina.

Sífilis
A sífilis, doença causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, pode se manifestar em diferentes partes do corpo, de uma a duas semanas após a aquisição da infecção. A forma mais comum de contágio é a sexual, mesmo sem que ocorra penetração ou ejaculação. Também é transmitida pelo beijo caso a outra pessoa esteja infectada e com uma lesão ativa na boca. O contato com as mucosas durante as preliminares, como o sexo oral, por exemplo, já possibilita a transmissão.

HPV
O HPV (papilomavírus humano) acomete, principalmente, as mucosas (oral, genital ou anal) em homens e mulheres. A principal forma de transmissão é pela via sexual (oral-genital, genital-genital, manual-genital). É comum que pessoas infectadas não apresentem sinal ou sintoma. O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais, sendo o mais comum o papanicolau, no caso de lesões subclínicas, ou os testes de PCR, que conseguem definir o tipo de HPV envolvido, e se pertence ao subgrupo que oferece alto risco de desenvolvimento de câncer de colo uterino.

O uso do preservativo nas relações sexuais é uma importante forma de prevenção, mas não impede totalmente a infecção pelo vírus, uma vez que é comum as lesões estarem em áreas não protegidas, a exemplo da vulva e da bolsa escrotal.

A vacina contra o HPV é a forma mais eficaz para prevenção, sendo indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14, podendo, entretanto, ser recebida por pessoas com vida sexual ativa em qualquer idade, com indicação médica. 

Clamídia
Transmitida por via sexual (anal, oral ou vaginal), a infecção por clamídia tem como sintomas mais comuns, em mulheres, corrimento amarelado ou claro, dor e sangramento durante o sexo e dor ao urinar. Já em homens, o alerta vem mediante a dor nos testículos, corrimento uretral com pus e ardência ao urinar. A infecção pode ser tratada com antibiótico, mas é preciso combinar o uso da medicação ao preservativo, visto que podem ocorrer reinfecções. A infecção crônica não tratada pode acarretar complicações, principalmente para mulheres, como dor crônica na re gi&atild e;o pélvica, dor nas relações sexuais, infertilidade e complicações na gestação ou pela forma congênita.

Prevenção e orientação médica
O uso de preservativos é o melhor caminho, bem como estar com a imunidade em dia e ter atenção aos sinais do corpo. Em caso de qualquer suspeita, é bom saber que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Procure sempre um profissional de saúde.

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