Modelo de “vaquinha” pode ajudar imóveis a sairem do papel 

O investimento para realizar a construção de um empreendimento muitas vezes é uma das etapas mais díficieis da construção cívil. Diretamente ligada a situação econômica do país, a construção cívil depende em sua grande maioria de incorporadoras e construtoras que estejam dispostas a injetar dinheiro na área, apostando no desenvolvimento de novos projetos. 

Com as inúmeras possibilidades da internet e a chegada da economia compartilhada, esse cenário aos poucos tem mudado. Um dos fenômenos responsáveis por essa mudança, eme especial na cidade do Rio de Janeiro, é o crowdfunding imobiliário. Isso nada mais é do que forma de investimento coletivo que por meio da tecnologia permite aproximar pessoas que tenham interesse em financiar um projeto em comum.

Por meio desse modelo, pequenos investidores conseguem então realizar investimentos que antes ficavam restritos a grandes empresas, pelas altas taxas de rentabilidade que apresentam. Dessa forma é possível que diferentes investidores consigam financiar um empreendimento, a um custo relativamente baixo, de forma ágil e sem burocracia. 

Ainda há quem tenha dúvidas, mas tudo o processo é rigoroso. Os projetos a serem apoiados geralmente passam por um comitê formado de profissionais do mercado imobiliário. Durante a escolha são analisados pontos importantes como estrutura societária, regularidade pública, registro em cartório, fit de mercado e histórico de entregas do empreendedor.

Para participar do financiamento coletivo é necessário apenas ter o CPF no Brasil. Geralmente, o perfil dos investidores fica na faixa de 22 e 35 anos de idade. O valor do investimento gira em torno dos 10 mil reais, ou 10% da renda, ou 10% dos investimentos totais. 

A rentabilidade depende do tipo de oferta ou investimento realizado. Como em um financiamento comum, o retorno depende da venda das unidades e dos valores projetados na oferta.  A fim de evitar riscos e fraudes, os investidores passar por um processo de avaliação de antecedentes criminais. 

E é importante destacar que existem algumas diferenças entre fundo imobiliário e crowdfunding imobiliário. No fundo imobiliário, o processo acontece por carteira de imóveis para locação, focado na geração de renda. Já no crowdfunding, tudo depende da fase de produção o empreendimento. Nesse formato,existe um prazo para que o valor investidor e o retorno sejam devolvidos ao investidor.

E isso também pode mudar de região para região. Em lugares como o Rio de Janeiro, a rentabilidade costuma ser maior e com isso acaba sendo mais seguro do que os próprios fundos imobiliários. Saiba mais agora sobre imóveis à venda no RJ e porque apostar nos crowdfunding imobiliários: 

Vantagens 

O crowdfunding imobiliário é uma forma até então nova no Brasil de viabilizar um projeto com o auxílio de diversos usuários, que compartilhem de um interesse em comum, no desenvolvimento de um empreendimento. Mesmo se tratando de um alto investimento, muitas vezes para toda a vida, recursos como a própria internet tem facilitado e muito a divulgação desses novos investimentos coletivos, ajudando a reunir os usuários interessados em participar e realizar o sonho da casa própria.

Outra vantagem em apostar no crowdfunding imobiliário é justamente que ele é aberto a todos os públicos, ou seja, qualquer pessoa ou empresa está apta a realizar esse tipo de investimento. Isso facilita em muito o acesso do público em geral ao mercado imobiliário, estimula o desenvolvimento de novos projetos e aos poucos vem descentralizar o investimento que hoje acontece muito pelas construtoras e incoorporadoras. Isso faz com que o capital esteja sempre presente na construção cívil, diminuindo a influência de uma economia ocilante no setor. 

Pontos importantes 

A economia compartilhada, cada vez mais presente no Brasil e no Rio de Janeiro, além de aproximar e facilitar a vida das pessoas, também exige cuidado entre os colaboradores no quesito confiança. Ao realizar um grande investimento como exige um apartamento no Rio de Janeiro e nesse caso o uso de crowdfunding imobiliário, é preciso tomar algumas preucações para evitar fraudes e problemas graves no futuro.

Entre os principais pontos, o investidor imobiliário digital deve estar atento a destinação prévia que o dinheiro irá tomar ao realizar o investimento, a justificativa dos recursos capitados, todas as questões relacionadas aos padrões de transparência, regularidade fiscal e contratual para a realização do crowdfunding imobiliário. Antes de fechar qualquer contrato ou investimento, é muito importante consultar profissionais da área, que possam ajudar a checar a validade do financiamento coletivo, passar dicas e compartilhar experiências que já tenham vivenciado e que desburocratizem o processo como ele deve ser.

Para o projeto ser bem sucedido,com o empreendimento realizado e as unidades vendidas é preciso que os valores imobiliários e as cotas imobiliárias sejam pagas e realizadas por todos de forma legal e correta, sempre respeitando os prazos. 

Mercado imobiliário  

Um dos motivos que fazem os investimentos coletivos no setor imobiliário estarem em alta, principalmente no Rio de Janeiro, está relacionado com o momento positivo que o estado tem vivido no segmento. Desde o final de 2019, o mercado imobiliário carioca vem apresentando uma recuperação em um comparativo com os últimos quatro anos. Isso fez com que investidores interessados em unidades acima de 1,5 milhão de reais estão voltando ao mercado e com isso movimentando a economia.

Uma pesquisa realizada pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ) junto ao Sindicato da Habitação no Rio (Secovi Rio) mostrou que nos últimos cinco anos não viam sendo lançados tantos empreendimentos no Rio de Janeiro vemos agora. Isso se deve em grande parte pela retomada da confiança no setor.

Os investidores estão mais otimistas em realizar negócios e o acesso ao crédito tem sido facilitado entre as pessoas, principalmente atráves de iniciativas colaborativas como o crowdfunding imobiliário. Outro dado importante mostra que as pessoas estão mais propensas a fechar negócio, houve um aumento de 15% em negócios fechados.

Na cidade do Rio de Janeiro, entre os meses de agosto de 2019 e 2018, notou-se um aumento de 12% no número de vendas de imóveis. É a confiança no estado e as novas formas de investimento, que aproximam investidores e empreendimentos.

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