Cresce uso de serviço de atendimento humanizado para casos de violência doméstica

Foto: Divulgação

Durante os 16 Dias de Ativismo, Instituto Natura reforça a importância do enfrentamento à violência contra mulheres através de serviços de assistência como a Ângela

No período de janeiro a setembro de 2024, a Ângela, assistente virtual do Instituto Natura, que recentemente incorporou o Instituto Avon, registrou mais de 10 mil acessos únicos ao chatbot. Este número representa um aumento significativo de aproximadamente 233% em comparação com o ano de 2023, quando o total de acessos foi de quase 3 mil. Dedicada ao apoio às mulheres vítimas de violência doméstica, a ferramenta oferece atendimento gratuito, humanizado e sigiloso, que conta com assistência integral de especialistas no tema.

“A Ângela foi criada em 2020, com a finalidade de proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para mulheres vítimas de violência doméstica. Desde sua criação, já conseguimos acolher mais de 700 mulheres em situação de violência doméstica e apoiá-las por meio de serviços de atendimento qualificados”, explica Daniela Grelin, diretora executiva de Direitos e Saúde das Mulheres e Comunicação Institucional do Instituto Natura.

De janeiro a setembro de 2024, 377 mulheres tiveram o acompanhamento multidisciplinar especializado através da assistente virtual, um aumento de 10% em relação ao consolidado total de 2023, que foi de 342. Além disso, no mesmo período, 142 Consultoras de Beleza Natura e Avon receberam o atendimento humanizado, contra 119 em 2023. Já para o público em geral, esse número chega a 235, até setembro de 2024, em comparação com 223 no ano de 2023. 

Este ano a Ângela é a embaixadora oficial da campanha do Instituto, “Vozes Entrelaçadas – Quem Escuta uma Mulher Cala a Violência”, para os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Embaixadora oficial do Instituto Natura no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas, a Ângela cumprirá papel fundamental durante a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, período entre 25 de novembro e 10 dezembro, voltado para a conscientização sobre o tema. 

Além disso, durante o período dos 16 Dias, as redes sociais do Instituto contarão com uma série de conteúdos dedicados aos serviços oferecidos pela Ângela, visando incentivar e ampliar o uso do atendimento especializado em casos de violência doméstica. Nosso objetivo é assegurar que todas as mulheres possam contar com um espaço seguro, um lugar onde se sintam acolhidas e apoiadas para enfrentar e superar situações de violência. Queremos ser um recurso valioso para quebrar o ciclo de violência que muitas delas enfrentam, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para se fortalecerem e se libertarem dessas circunstâncias traumáticas”, finaliza Daniela. 

Neste ano, o Instituto resgata o movimento “Vozes Entrelaçadas – Quem Escuta uma Mulher Cala a Violência”, para reforçar sobre a importância de promover a escuta ativa através de trocas que reflitam sobre os diferentes tipos de violência existentes. Dessa forma, cada vez mais mulheres poderão receber o apoio necessário por meio de sua rede de apoio.

Como a Ângela ajuda as vítimas de violência

A vítima de violência doméstica pode acessar a plataforma enviando uma mensagem de texto via WhatsApp para o número (11) 94494-2415. O serviço inicial fornecerá informações e orientações imediatas por meio de um chatbot. Se a vítima optar por um atendimento mais completo, será direcionada para o acompanhamento personalizado e humanizado de uma assistente social especializada no assunto, que poderá orientá-la da maneira mais adequada, de acordo com as necessidades específicas de cada situação.

“É importante salientar que a Ângela não é um canal de denúncias, mas sim de um espaço de acompanhamento para apoiar a mulher em sua jornada de emancipação, permitindo que ela tome decisões em seu próprio ritmo e sem pressões externas”, comenta Daniela. 

A diretora reforça, ainda, que muitas delas sentem receio de falar abertamente sobre o que passam. “Muitas vezes as mulheres sentem-se inseguras em seguir para o contato humano, por acreditar que as informações podem ser vazadas, principalmente no caso das consultoras, que imaginam que esses relatos possam chegar até aos seus gestores. Queremos reforçar que toda a comunicação é feita de maneira acolhedora, sigilosa e respeitosa, garantindo confidencialidade em todas as interações”. 

Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência Contra Mulher 

A Ângela, conta com o apoio de empresas parceiras para oferecer uma gama de serviços de suporte a mulheres em situação de violência. A Uber, por exemplo, fornece vouchers para que essas mulheres possam se deslocar para delegacias ou centros de assistência especializada. Já a iniciativa Bem Querer Mulher contribui no direcionamento das vítimas para Delegacias de Defesa da Mulher, abrigos e serviços de saúde, conforme as necessidades individuais de cada uma. Além disso, fornece informações precisas sobre os direitos das mulheres e orientações sobre como agir e acessar os recursos disponíveis nas redes de atendimento locais, auxiliando as mulheres a identificar situações de violência e contribuindo para a interrupção desse ciclo.

Como resultado dessas parcerias, já foram registrados mais de 90 atendimentos psicológicos e 800 socioassistenciais, além de mais de 250 encaminhamentos para políticas públicas e mais de 170 deslocamentos realizados através da Uber, entre Janeiro e Setembro de 2024.

Sobre o novo Instituto Natura

Criado em 2010, o Instituto Natura almeja transformar a educação pública, garantindo uma aprendizagem de qualidade para todas as crianças e jovens nos seis países da América Latina em que está presente (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru). Também como forma de atuação, se dedica ao desenvolvimento educacional das Consultoras de Beleza Natura e Avon e trabalha em conjunto com inúmeros parceiros no poder público, no terceiro setor e na sociedade civil. 

Desde 2024, por meio da incorporação do Instituto Avon, passou a atuar na defesa dos direitos fundamentais e saúde das mulheres, promovendo iniciativas voltadas ao enfrentamento das violências contra as meninas e mulheres e à atenção ao câncer de mama. Por meio de ações próprias e de parcerias com instituições da sociedade civil, setor privado e poder público, a entidade se concentra na produção de conhecimento e no desenvolvimento de projetos que mobilizem todos os setores da sociedade para o avanço das causas, usando os recursos aprendidos e desenvolvidos durante os mais de 20 anos de atuação nas causas da mulher.

Publicado 10/12/2024

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