Por Charles Lopes*
Falamos muito sobre saúde emocional e já sabemos que, para estarmos bem, precisamos entender nosso corpo, nossa mente e, não menos importante, nossa Inteligência Emocional (IE). Mas o que isso significa? É ter e desenvolver essa inteligência específica, que nos fará pessoas melhores, mais atentas e fundamentalmente preocupadas com o outro. É ter a capacidade de compreender que cada pessoa é única e que as necessidades e desejos são de cada um.
Segundo o psicólogo Daniel Goleman “IE é um conceito relacionado com a chamada ‘inteligência social’”. Um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade. Podemos dizer de maneira bem simples que é a capacidade de administrar as emoções para alcançar objetivos.
Pessoas com inteligência emocional possuem habilidade de se automotivar e seguir em frente, mesmo diante de frustrações e desilusões. Têm mais aptidão para controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, praticar a gratidão e motivar as pessoas, além de outras qualidades que possam ajudar a encorajar outros indivíduos.
Na realidade, muitos de nós ainda achamos que o QI é a melhor medida para avaliar as competências de um indivíduo. Mas isto mudou e ficou muito mais complexo. Sabemos que entender as nossas emoções e as dos outros é fundamental para ter sucesso na vida pessoal e profissional. Quando o assunto é a sobrevivência precisamos não apenas de conhecimentos técnicos, mas saber lidar com pessoas e com emoções. Hoje, ninguém sobrevive socialmente sem esta percepção.
E uma vez que você começa a perceber as características com as quais você tem mais dificuldade, pode decidir desenvolvê-las. Decidir é fundamental. Aí você vai trabalhar sua inteligência emocional. Para que haja mudança, é preciso que a pessoa tenha vontade de mudar e esteja disposta a praticar novos hábitos. A mudança precisa fazer sentido, seja porque você se incomoda com a maneira como se comporta hoje ou porque realizar melhor o seu trabalho exige o desenvolvimento de outras habilidades. Uma dica importante, o quanto você está disposto a investir tempo e energia nisso?
Vale também usar bons exemplos. Quando convivo e seleciono pessoas que me acrescentam e admiro, sempre que penso em melhorar penso nelas antes de agir.
Saiba valorizar seus pontos fortes, aquelas características que você apresenta naturalmente. São elas que serão o seu diferencial como pessoa ou profissional. Ninguém consegue ser bom em tudo ou mudar completamente sua maneira de ser totalmente. Conhecer suas facilidades faz com que você saiba quais funções pode desempenhar da melhor maneira.
Cerque-se de pessoas que possuam habilidades que lhe faltam, para que você aprenda com elas e para que te complementem no dia-a-dia. Um empreendedor não pode achar que, sozinho, vai resolver todos os problemas da empresa. Não adianta também tentar enganar a sua essência como pessoa. É preciso encontrar caminhos para o controle e a empatia, por exemplo, com os quais você esteja confortável.
Finalmente, em tudo peça um feedback, pois desta forma você pode garantir que está melhorando e continuar o processo de autoconhecimento. Isso lhe permitirá entender como outros enxergam o processo de mudança e te motivará a encontrar novos pontos para melhorar. Precisamos de motivação para fazer cada dia em nossas vidas, um dia melhor
E lembre-se: não é fácil mudar nossa maneira de agir e de reagir, mas não é uma missão impossível.
*Autor: Charles Lopes é formado em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica e sócio-diretor da B2Saúde Consultoria, empresa presente no mercado de seguros há mais de 15 anos que é especializada em gerenciar o relacionamento das empresas com os planos de saúde.
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