Com o isolamento social, SuperVia transporta metade dos passageiros de antes da pandemia

A SuperVia mantém uma forte queda de passageiros e só agora chegou à marca de 300 mil clientes por dia, que é a metade do registrado antes da pandemia do novo coronavírus, quando a concessionária transportava, em média, 600 mil passageiros por dia. Na última sexta-feira (24/07) foi o dia em que a concessionária registrou a menor queda em dias úteis: transportou menos 50,3% de passageiros se comparado a períodos normais.  

A demanda de passageiros chegou a cair 74% após as medidas de restrição dos governos municipal e estadual, e depois se estabilizou em 60% de queda nos dias úteis. Com as recentes ações de flexibilização, os clientes começam a retornar ao transporte sobre trilhos, e a demanda já atinge quase a metade do normal, quando 600 mil clientes utilizavam os trens.  

Até hoje (26/07), já foi observada uma perda de 36 milhões de passageiros.  A queda na receita tarifária está em R$ 133 milhões. As receitas acessórias também vêm sofrendo impacto negativo, já que, por exemplo, metade das lojas e quiosques existentes nas estações está fechada. A inadimplência chega a 80%.  

“Pelo cenário que temos analisado, concluímos que vamos demorar bastante tempo para transportar a quantidade de clientes de antes da pandemia, quando viajavam 600 mil passageiros pelos nossos trens. A perda de receita tarifária é muito grande, os gastos fixos permanecem e não trabalhamos com subsídio do governo. Por isso, precisamos de um urgente apoio financeiro do poder público para continuarmos operando por toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro depois de agosto. Somos um modal estratégico para a mobilidade urbana que atende zonas norte e oeste, além da Baixada Fluminense. Temos conversado com vários órgãos em busca de apoio, mas nenhuma medida foi concretizada até hoje”, explica o presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches.  

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