Defeitos nos ônibus, desorganização e o crescente número de assaltos estão entre as reclamações por parte dos passageiros que utilizam o BRT na cidade do Rio de Janeiro
Na manhã da última segunda-feira, passageiros do BRT fizeram uma manifestação no corredor Transoeste do sistema de transportes. Utilizando cartazes, os manifestantes tomaram as pistas da Estação Mato Alto, em Guaratiba, na zona oeste do Rio. Todos pedem melhorias no transporte. Ao que se sabe, pelo menos quatro veículos foram depredados, dois com pneus furados e outros dois com vidros quebrados, segundo o consórcio. A circulação dos ônibus teve que ser temporariamente suspensa, circulando apenas entre Jardim Oceânico e a Estação Notre Dame.
A Avenida Dom João VI também sofreu interdições no tráfego de veículos, provocando um trânsito intenso na região. Policiais militares precisaram utilizar bombas de gás para conter os manifestantes. O pintor Alcimar Júlio Moura, precisou de atendimento médico, já que uma bomba explodiu muito próximo dele. “Eu estava sentado na frente da Estação esperando uma oportunidade para entrar, quando um policial jogou a bomba de gás perto de onde eu estava”.
Todos os dias são ônibus superlotados, sem ar-condicionado, assentos quebrados, assaltos, sem fila de prioridades, comércio ilegal e ausência de funcionários para registrar as queixas daqueles que utilizam o serviço diariamente.
A merendeira Alexandra Soares explicou que para chegar no horário da escola municipal onde trabalha, precisa chegar muito cedo por conta da irregularidade dos horários do BRT. “Tenho que chegar cedo para pegar o articulado para a Estação Barrasul. Ele está sempre lotado e, como minha filha vai comigo, é mais complicado, porque na hora do embarque é um desespero”.
A Auxiliar de Serviços Gerais Valéria de Resende disse que utilizar o BRT é difícil. “Os ônibus apresentam defeitos e param no meio do trajeto, andam superlotados, viajam com as portas abertas, quando chove, temos que abrir o guarda-chuva”.
Por nota, a assessoria do Interventor Luiz Alfredo Salomão informou que vem trabalhando para aumentar a segurança nas estações contra os calotes e o comércio ilegal, para fresar e recapear trechos críticos da Transoeste e para reconstruí-la. Diariamente, entre 30 e 40 guardas municipais da Força-Tarefa estão combatendo as irregularidades nas estações do BRT Transoeste em uma experiência piloto.
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