A retomada do Turismo na região da Costa do Sol reuniu em uma videoconferência, 13 cidades com o objetivo de reorganizar o trade turístico e atrativos para receber os visitantes após a pandemia da Covid-19.
Foram criadas quatro comissões que vão trabalhar durante a pandemia nesse planejamento. O secretário de Turismo de Maricá, José Alexandre Almeida, ficou responsável por planejar as ações da comissão de marketing e eventos e organização do calendário regional com outros gestores de turismo da região.
José Alexandre destaca a necessidade de bons projetos para a captação de recursos federais, já que o Estado do Rio está em dificuldades financeiras, agravadas com a pandemia.
“O grande desafio é aumentar o tempo de permanência do turista na nossa região. Não concorremos entre nós, mas sim com outras regiões turísticas do país. Nosso potencial é imenso, mas é necessária a união e uma boa articulação com Brasília. Vamos elaborar um calendário de eventos para que ocorra uma atração a cada fim de semana em cidades diferentes da Costa do Sol”, disse.
A expectativa do Conselho Regional do Turismo (Condetur) é de que a região da Costa do Sol se organize para receber boa parte dos 10 milhões de brasileiros que viajavam para o exterior anualmente antes da pandemia do novo coronavírus.
Os integrantes do Condetur da Costa do Sol estão prevendo que os brasileiros vão viajar de carro para destinos com até 600 quilômetros de distância ou de avião para cidades turísticas que fiquem a no máximo três horas de voo. Com isso, a Costa do Sol Fluminense se torna uma rota que deverá ser muito procurada.
Os demais grupos de trabalho serão responsáveis por planejar e debater políticas públicas, infraestrutura e capacitação. O conselho é formado por representantes da iniciativa privada e do poder público.
O presidente do Condetur, Marco Navega, lembra que as pessoas vão procurar os destinos assim que a quarentena acabar.
“As pessoas estão doidas para colocar o pé na estrada logo após a pandemia. Na nossa região temos três municípios na Categoria A do Ministério do Turismo, que são Búzios, Cabo Frio e Macaé, além de outros nas demais categorias e com um leque enorme de atrativos, que vão além das praias, como o turismo rural, o religioso, o histórico, o esportivo e o de aventura. Temos que nos preparar para uma pegada diferente da que estamos acostumados”, alerta.
Segundo Navega, existem recursos a fundo perdido no Ministério de Turismo para apoiar eventos. Para os municípios da categoria A, a ajuda financeira pode chegar a R$ 800 mil, mas são necessários projetos que comprovem sobretudo a natureza cultural e a tradição do evento.
É necessário também o apoio da instância de governança regional, que no caso da Costa do Sol é o Condetur. O conselho vai coordenar a participação dos municípios no Salão Estadual de Turismo, previsto para acontecer de 11 a 14 de novembro no Rio.
“O turismo internacional vai dar uma freada. Nós precisamos estar preparados para quando cidades próximas de Minas Gerais, São Paulo e até mesmo do Estado do Rio abrirem as porteiras para o turismo. Acredito na capacidade razoável de reação da minha cidade, mas temos que pensar regionalmente, como sugere o Ministério do Turismo”, disse o secretário de Turismo de Arraial do Cabo, Olavo Carvalho.
Marco Navega destacou a importância turística do interior: dos 72 mil quartos de hotéis do Estado do Rio associados aos C&VB, 36 mil estão no interior e os demais na capital, mostrando que hoje existe estrutura turística distribuída em quase todo Estado do RJ.
Navega prometeu apoio do Condetur a eventos tradicionais, como festivais gastronômicos, encontros de motociclistas e festas religiosas para alcançar o turismo no interior após a pandemia.
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