O curso é gratuito e está disponível na plataforma da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O curso, dividida em três módulos, tem 30 horas de duração e está disponível gratuitamente para todos os públicos de interesse

Alcançar o sucesso no trabalho sem deixar de lado a família se mostra como um dos maiores desafios de um profissional da atualidade. A ausência de equilíbrio entre a vida profissional e a familiar pode ocasionar perdas importantes ao longo do tempo, tanto em relação à saúde física, mental, emocional e comportamental dos trabalhadores, quanto no alcance das metas laborais.

Questões como essas fazem parte do curso online “Noções Introdutórias em Equilíbrio trabalho-família”, elaborado pela Secretaria Nacional da Família (SNF), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), em parceria com a Secretaria Nacional da Proteção Global (SNPG/MMFDH) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). A capacitação, dividida em três módulos, tem 30 horas de duração e está disponível gratuitamente para todos os públicos de interesse. A partir da inscrição, o aluno tem 30 dias para finalizar o curso e obter o certificado de conclusão.

Inscreva-se na capacitação gratuita

De acordo com a secretária nacional da Família, Angela Gandra, é fundamental que os gestores de instituições privadas e públicas compreendam a relevância da conciliação entre as duas esferas. “Trabalho e família são as maiores riquezas que um ser humano pode ter. Se o trabalhador está bem no ambiente familiar, ele certamente produzirá mais e melhor no local de trabalho. Por isso, incentivamos o equilíbrio entre as duas partes”, afirmou a gestora.

Palavra de especialista

O professor Francisco Antônio Coelho Junior, da Universidade de Brasília (UnB), é coordenador-executivo de um projeto do Grupo de Pesquisa e Estudos Avançados sobre Comportamento Organizacional que estimula o equilíbrio na relação entre trabalho e família para gestores e trabalhadores. O especialista explica que é preciso entender que êxito no trabalho não significa apenas atingir um ótimo desempenho, e sim alcançar a convergência e a complementaridade entre os objetivos do trabalhador e os organizacionais.

“A performance conseguida a qualquer custo, de qualquer jeito, não deve ser celebrada. Isso não é saudável, tampouco recomendado. Produzir demais no trabalho, sem qualidade de vida, por exemplo, não deve ser encarado como êxito”, observa. Segundo ele, boas práticas de gestão promovem o equilíbrio, levando em consideração o interesse de todos os atores envolvidos. “O maior desafio consiste em desenvolver estratégias e práticas de conciliação na relação do trabalho com a família, em que uma esfera não sobrepuja os limites da fronteira com a outra esfera”, disse o professor.

Para isso, ele orienta líderes a se basearem na promoção de competências profissionais e socioemocionais que estimulem a auto-regulação e a busca por alternativas perante possíveis problemas que estejam sendo vivenciados no ambiente de trabalho. “Como, por exemplo, planejar rotinas, organizar o tempo, oferecer um tempo de qualidade para a família, de não se sentir atropelado pelo trabalho a todo momento”, exemplificou. Por outro lado, “os dados vêm demonstrando que a dinâmica familiar influencia positiva ou negativamente na saúde mental do trabalhador. O profissional que não consegue desligar e leva o trabalho para casa também impacta a dinâmica da sua composição familiar”, finaliza.