COP26 mostrou que o Brasil precisa, assim como os países desenvolvidos, investir na geotecnologia para crises ambientais; veja modelo de plataforma GIS utilizada pelos Estados Unidos.
A mudança climática é uma ameaça global que afeta não somente a geopolítica dos países, mas tem relação direta com desastres ambientais e a segurança populacional. Para a Imagem Geosistemas – empresa especialista em geotecnologia e distribuidora oficial da Esri no Brasil – o COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021) mostrou a importância de o país seguir modelos internacionais e investir na tecnologia com ferramentas de informações geográficas para avançar na luta contra as mudanças climáticas. Nos Estados Unidos, proteger a biodiversidade, diminuir as taxas de extinção e conservar 30% das terras e águas da América até 2030 estão entre as ações executivas que o presidente Biden planeja priorizar para enfrentar a crise climática.
Como uma das principais plataformas utilizadas para esse fim está a tecnologia espacial, onde os sistemas de informação geográfica (GIS) estão integrados ao trabalho das principais organizações governamentais do país. Nesse cenário, a Esri – empresa americana que é líder mundial em GIS – fornece informações de análise preventiva sobre riscos relacionados ao clima, bem como acompanhamento em tempo real de dados de incidentes.
“Os sistemas de informações geográficas podem ajudar qualquer país a planejar e responder a eventos climáticos extremos por meio de análises avançadas e consciência situacional. É por isso que precisamos cada vez mais investir nessa tecnologia aqui no Brasil”, explica Diogo Reis, especialista da Imagem Geosistemas, que utiliza a plataforma da Esri junto a alguns setores de governos Brasileiros.
As informações coletadas pelo GIS permitem que as organizações planejem e se preparem para condições climáticas extremas, monitorem a situação e reajam a elas em tempo real. Os indicadores podem ser usados para entender o aumento das concentrações de gases de efeito estufa no clima de acordo com as mudanças das condições ambientais, como períodos de secas, situação das geleiras, inundações e áreas queimadas por incêndios florestais.
Tendo como norte o último exemplo, aqui no Brasil, os relatos de queimadas aumentaram 42% entre 2017 e 2020, segundo dados recentes do IBGE. Em 2021, o país chegou a registrar 11,2 mil focos de incêndio na Mata Atlântica, um dos principais biomas brasileiros, de acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
É importante saber quais áreas estão com risco de incêndios e as informações sobre a alocação de recursos para reduzir os desastres, evitar eventos climáticos extremos e auxiliar o governo a decidir por medidas preventivas e preparatórias. O mapa abaixo do Serviço Florestal dos Estados Unidos, desenvolvido com a tecnologia da Esri, mostra o potencial de risco de incêndio florestal em todo o país, com zonas vermelhas representando as áreas de maior ameaça.
“É fundamental seguir esses modelos internacionais e priorizar as mudanças climáticas como uma questão de segurança, integrando o GIS às soluções adotadas. Afinal, para melhorar e manter um ambiente limpo e saudável para todas as comunidades, é preciso entender a causa raiz dos poluentes e onde seus impactos estão concentrados”, finaliza Reis.
Deixe o seu comentário