Foi nomeado na última sexta-feira (29), pelo presidente da República Jair Bolsonaro, o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Machado Vieira, para ocupar o cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), o segundo na hierarquia da pasta. Ricardo já foi chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. No mês de fevereiro, tornou-se assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A nomeação veio através do desgaste do ministro Ricardo Vélez Rodriguez, que no dia 29/03 se reuniu com Bolsonaro, e que logo o Presidente veio a público criticando o modo como Vélez dirigia a pasta.
Ao que se sabe, o Planalto já está em busca de nomes para fazer a substituição do titular da Educação. Existe uma resistência para entregar o ministério a um político, o que poderia ser entendido como a prática de um “toma lá, dá cá” que o governo tanto censura. A opção por Machado para a Secretaria-Executiva aumenta os rumores de que o Tenente-Brigadeiro venha assumir a Pasta interinamente, após a demissão de Ricardo Vélez, cogitada para ser ainda nesta semana, após a volta de Bolsonaro de Israel.
O MEC virou palco de disputa de poder desde o início de março. Seguidores de Olavo de Carvalho, ideólogo de direita, “o grupo dos ‘Olavetes’, como se designam, abriram a crise nas redes sociais ao denunciar militares e técnicos da Pasta, que estariam remanejando ‘Olavetes’ para cargos periféricos em uma tentativa de neutralizar a influência de Olavo”.
Já para os auxiliares do presidente, a escolha foi em conjunto, uma vez que a ala militar do entorno de Bolsonaro estava traçando algumas possíveis saídas para a crise que assola a Pasta.
Brigadeiro foi nomeado em 2015, durante a gestão de Dilma Rousseff, como secretário Pessoal, de Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa. No início do ano, tornou-se assessor especial do FNDE, uma autarquia do MEC com responsabilidade na operação de grandes programas, como o FIES e a compra de livros didáticos.
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