Para Waldery Rodrigues Júnior, secretário especial de Fazenda, o BNDES tem condições de pagar os R$ 126 bilhões em 2019 na íntegra
De acordo com a avaliação de Waldery Rodrigues Júnior, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, BNDES possui totais condições de realizar o pagamento de R$ 126 bilhões à União na íntegra. O ofício com o pedido já foi encaminhado ao presidente do banco, Joaquim Levy. Para o secretário, é necessário desprender crédito no país para garantir maior atuação do setor privado.
Segundo o ministro Paulo Guedes, tem que “despedalar” o BNDES. A devolução do dinheiro está totalmente subordinada à situação de liquidez, solvência e governança do banco. O secretário explica que o termo ‘despedalar’, pronunciado pelo ministro, significa que o dinheiro deve retornar para os cofres da União os valores que foram emprestados na forma de subsídios, extremamente caros ao país.
Waldery ainda ressalta que o banco ainda possui R$ 270,9 bilhões em recursos que foram emprestados pelo Tesouro e que geraram subsídios de R$ 170,3 bilhões. Um custo enorme para a União. O ofício encaminhado está cristalinamente claro. O pagamento poderá ser realizado em parcelas: 50%, mais 30% e 20% ou 40%, mais 40% e 20%. “O quanto antes, melhor”.
“O presidente Bolsonaro colocou a necessidade de um BNDES transparente. Algumas medidas foram colocadas pelo Levy para dar transparência aos maiores devedores, mas há espaço para um tratamento mais incisivo. Entendemos que a antecipação de recursos e o direcionamento do BNDES para as funções com maior eficiência diminuem canais de problemas, como no passado”, relatou Waldery Júnior.
Com relação a outras possíveis mudanças no abono, ainda que já esteja contemplado na reforma da Previdência, “após a aprovação da PEC da Previdência, vamos ver o comportamento do mercado de trabalho para o atendimento. Por medida de equidade, vamos analisar como as faixas mais baixas de renda vão se comportar em relação à aprovação da PEC. O seguro desemprego é para aprimorá-lo. Outro ponto importante é que cada área busque trazer produtividade e competitividade”.
Qual é o fim? É o crescimento sustentável de alta intensidade e aumento substancial de alta produtividade. Em 2019, a expectativa quanto ao crescimento beira em 2,2%. O secretário acredita que é um valor bom, mas nem de longe alcança o potencial da economia. Deste modo, algumas medidas poderão ser realizadas para que o crescimento da economia alcance uma taxa de 3%, 4% ao ano.
No caminho para aumentar o PIB, será feita uma reformatação das garantias, uma das medidas estruturais referente ao lado real da economia. Desta forma, impacta substancialmente o crescimento via o canal de crédito. A intenção é a reformulação completa do FGTS. Hoje, o FGTS é uma poupança compulsória para o trabalhador e é uma poupança negativa.
Questionado se será feito algo como foi feito com o Fies, com diminuição dos subsídios, o secretário finaliza dizendo que “não na mesma magnitude. Mas redução do subsídio é algo que está no radar. Os detalhes vamos dizer mais à frente”.
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