A SuperVia identificou que a atuação de cambistas no sistema ferroviário vem crescendo desde o mês de julho. Em comparação aos seis primeiros meses de 2020, houve um aumento de 250% nesse tipo de crime nas estações de trem entre julho e setembro. Nos últimos seis meses, das 30 estações de todo o sistema ondem foram registradas a presença de fraudadores, o ramal Santa Cruz é o mais frequente. Das 16 estações desse ramal, 13 são alvos preferidos de criminosos que ou adulteram validadores, ou vendem passagens por preço menor do que a tarifa atual de R$ 4,70.
Atualmente, a SuperVia contabiliza um prejuízo de R$ 200 mil a cada mês em função das fraudes nos cartões de passagem da concessionária. A empresa lembra que, quando os passageiros acessam o sistema por meio do esquema das quadrilhas que fraudam os bilhetes, eles estão contribuindo com a degradação do serviço. Estes passageiros viajam nos trens sem que a concessionária receba qualquer valor pelos bilhetes. A SuperVia também reforça que vive uma grave crise financeira em função da redução de passageiros pela pandemia do novo coronavírus, com a perda financeira de mais de R$213 milhões desde março.
Para coibir esse tipo de crime, a SuperVia realiza ações como atualizações de software do sistema de bilhetagem, aquisição de novos cartões com tecnologia que evita a fraude, e o trabalho de investigação e prisões, auxiliando a Polícia Militar e a Polícia Civil. A parceria resulta em ações pela Polícia Civil, que prendeu oito integrantes de uma quadrilha que praticava esse tipo de fraude.Neste ano, até agora, a SuperVia registrou 18 prisões de pessoas envolvidas em esquemas de fraude em vale-transporte. Em 2019, a concessionária teve conhecimento de 58 pessoas presas.
Problema de segurança pública
A SuperVia entende que a atuação de cambistas no lado externo das estações se configura um problema de segurança pública. Por isso, quando toma conhecimento desse tipo de ação, a concessionária aciona as autoridades policiais e registra os casos nas respectivas delegacias das áreas, bem como se coloca à disposição para contribuir com as investigações.
Em janeiro deste ano, por exemplo, graças à área de Inteligência da SuperVia, a concessionária auxiliou autoridades policiais na prisão, pela segunda vez no mesmo dia, de três cambistas que fraudavam vale-transporte na estação Nova Iguaçu (ramal Japeri). Eles utilizavam um aplicativo no celular para recarregar cartões da Riocard e, em seguida, ofereciam os cartões aos clientes da SuperVia por valor mais baixo do que a tarifa praticada pela concessionária.
A SuperVia vinha monitorando esse grupo de cambistas e, por volta das 6h, conseguiu detê-los com auxílio de policiais militares do 20º Batalhão. Os cambistas foram encaminhados à 52ª DP (Nova Iguaçu), onde foram autuados pelo crime de estelionato, mas liberados em seguida. À tarde, o grupo voltou a fraudar cartões na estação Nova Iguaçu, sob constante monitoramento da SuperVia. Às 17h40, a Polícia Civil foi acionada pela SuperVia e prendeu os três cambistas, e todos foram conduzidos à 57ª DP (Nilópolis).
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