Costurar é muito mais do que fazer, trabalhar com agulha e linha, e implica no esforço conjunto de diversos materiais. Antigamente, as nossas avós coziam botões com a mesma facilidade com que hoje em dia vemos as mensagens no whatsapp. Estamos tão habituados a recorrer a serviços para resolver os nossos problemas que quando a nossa camisa preferida ou o casaco que queríamos levar hoje para aquela saída especial fica sem um botão, parece o fim do mundo.
Para Gisele Araújo, proprietária do Atelier da Gigi27, ver suas avós costurando com aquelas máquinas antigas, era como um sonho saindo da caixa. Desde criança, a empresária sonhava com todas as possibilidades que uma máquina de costura poderia transformar em realidade. As cores das linhas se transformavam em mundo mágico.
Aos 16 anos de idade, Gisele já fazia bordados em pedraria. Estava sempre indo às fábricas de roupas para buscar peças para bordar. Desde então, já se imaginava costurando, mas não queria roupas, e sim, algo que pudesse ser construído de forma mais artesanal. Sua grande inspiração atende pelo nome de Ivanise, uma senhora que muito a ensinou, tanto com trabalhos artesanais, quanto aos conselhos que a artesã traz até hoje para a sua vida.
“Com 16 anos de idade conheci uma senhora que se chama Ivanise. Ela me ensinou muito. No Natal, a gente fazia Papai Noel em vidro para colocar balas, bombons, anjos, várias coisas lindas, e pra mim era a melhor época do ano. Ela sempre me deu os melhores conselhos. Dizia-me que as pessoas poderiam me tirar tudo, menos o saber e que tudo que a gente pega pra fazer, tem que fazer bem feito e com amor”, conta.
Ao decidir ser mãe, Gisele Araújo, formada em Técnica de Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental, deixou seu emprego com carteira assinada, trabalhando por quase 10 anos em obras civil e decidiu comprar uma máquina de costura doméstica. A partir daí, começaram a surgir peças para decoração da casa e artigos para bebês.
Mesmo enfrentando problemas delicados bem no início da pandemia, a artesã voltou a trabalhar utilizando a máquina de costura para fabricação das máscaras para proteção contra a Covid-19 em tecido, à pedido de muitas amigas e familiares. A produção foi intensa.
“Quando já não estava mais vendendo tantas máscaras, resolvi realizar o grande sonho de comprar uma máquina bordadeira. Comprei-a em maio de 2020. Aprendi a fazer mais coisas lindas e ter uma variedade de produtos no meu Atelier, como toalhas bordadas, máscaras personalizadas com logomarca de empresas, naninhas e enxoval personalizado. Foi um sucesso e acabei comprando a segunda bordadeira. Hoje, eu tenho 2 máquinas de bordar e 1 máquina industrial de costura”.
O nome do Atelier surgiu porque as pessoas sempre a chamam por apelidos como Gi, Giza, GIGI. Por isso, Atelier da Gigi 27. “O número 27 é porque minha filha nasceu no dia 27/12/2018 e eu comecei o atelier um pouco antes dela chegar, mas sempre pensando nela e estando sempre perto dela”, explica.
“Viver de artesanato é costurar sonhos, ver o tecido é sonhar com os projetos a serem realizados com eles. Ver o cliente feliz com um trabalho, e pensar ‘eu que fiz’, é um amor muito grande e gostoso. Costurar é vida!”, conclui Gisele Araújo.
Atelier da Gigi 27
@atelierdagigi27
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Telefone: 31 99948-6058 (whatsapp)
atelierdagigi27@gmail.com
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