Amanda Saladini – Artista Plástica tem como principal inspiração seu amor por cavalos

Do amor ao universo dos cavalos, a artista plástica, designer gráfica e amazona Amanda Saladini de 30 anos, tem tirado suas maiores inspirações para obras e trabalhos incríveis. Amanda utiliza vários materiais e ferramentas diferentes em suas artes, o que permite uma grande diversificação de suas obras. Com seu olhar curioso, está sempre aprendendo técnicas novas para materializar suas ideias e seu estilo contemporâneo, que se define muito mais pelos seus temas, que muitas das vezes giram mais em torno dos cavalos e seu universo, do que pela estética em si. Ela nos contou um pouco sobre como surgiu esse amor.

“Quando criança, gostava de desenhar histórias e nelas sempre tinham cavalos. Em paralelo tive um contato muito próximo com os mesmos durante a minha vida inteira. Dufy é o nome do meu cavalo, que está comigo há 17 anos. Crescemos juntos competindo uma modalidade esportiva chamada Enduro Equestre por 10 anos e aos nos “aposentarmos” começamos a dar aula de equitação lúdica para crianças e adultos. Me aprofundo a desenvolver e aplicar métodos não violentos para montar a cavalo. Nisso, eu já estava me formando em Design Gráfico e consegui manter minha carreira de artista plástica junto à minha carreira com cavalos. Todo esse contato com cavalos – especialmente com o Dufy – me permite ter a minha própria visão artística de mundo sobre a conexão entre seres humanos e cavalos, mais especificamente sobre o feminino e os cavalos. Minha arte e minha filosofia de trabalho com esses bichões andam de mãos dadas”.

Amazonas, como são chamadas as mulheres que montam a cavalo, também são na mitologia grega uma civilização onde não há a presença dos homens. O Projeto Garupa, é direcionado à crianças, especificamente meninas das zonas rurais, que muitas vezes não são estimuladas por suas famílias justamente por serem meninas. O projeto nasceu com o intuito de fornecer a equitação (sem violência) com conhecimento e entretenimento para que no futuro essas meninas possam atuar na área. “As coisas foram tomando forma e fui expandindo o Garupa para atender clientes e realizar cavalgadas com piquenique, além das aulas de equitação lúdica. Em todas as minhas atividades não utilizo embocadura (freios e bridões) na boca dos cavalos, o que deixa o trabalho mais leve e intuitivo. Durante as minhas aulas de equitação lúdica, consigo propor para os alunos algumas experimentações artísticas que potencializam a conexão com os seus cavalos durante a aula. Enxergarmos os cavalos além do corpo físico estimula nossa imaginação e nossa capacidade de compreender e assimilar melhor que eles são animais ultra sensíveis, e exigem respeito. Acredite, isso não é para muitos. Toda essa interpretação que tenho sobre essas conexões, sobre os simbolismos e os potenciais de cura que os cavalos carregam consigo, me inspiram muito integralmente nos meus processos criativos que levo para os papéis, telas e muros, etc.” – explica Amanda.

Um dos principais trabalhos de Amanda, envolvem experimentações em um ensaio noturno com Dufy, chamado “Cavaluz”, onde utiliza a técnica de “ligth painting” ou pintar com luz, para desenhar seus movimentos com luzes de led sob a luz da lua enquanto cavalga. “Minhas pesquisas artísticas sempre envolvem o cavalo como inspiração ou base para transcender a minha relação com eles. Também tenho outras vertentes e temas de trabalhos como a natureza e o próprio feminino. Porém, meu foco é e sempre foram os cavalos. Sempre explorando o mundo e as diferentes visões sobre esses animais tão grandes, fortes e gentis.”

Em seu Instagram a artista também expõe outros trabalhos e processos em forma de pinturas em telas, pinturas decorativas em paredes, muros, ilustrações e animação 2D. Por este canal também é possível encomendar seus trabalhos.

Cavaluz
Amanda Saladini com seu cavalo Dufy

Amanda Saladini

@amandasaladini_art

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