Empresa em liquidação possui passivo de mais de R$ 8 milhões em ações judiciais
A Comissão Especial da Alerj criada para acompanhar possíveis irregularidades na liquidação de empresas públicas e de economia mista do Estado recebeu, nesta quinta (25/11), às 11 horas, o liquidante da Companhia de Transportes Coletivos do Rio de Janeiro (CTC-RJ) e da Companhia Fluminense de Securitização S.A (CFSEC), Leandro Nazário. Na ocasião, também foram ouvidos os representantes da Rio Trilhos, Paulo Cesar Filho, e da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), Pedro Castilho. A Rio Trilhos e a Central são sucessoras da Flumitrens e da Companhia do Metropolitano do Rio (Metrô), que estão em processo de liquidação.
Criada em 1975, a CTC-RJ, que entrou em processo de liquidação no ano de 2001, possui um passivo de mais de R$ 8 milhões em ações judiciais em andamento, entre trabalhistas e cíveis. Mesmo inativa, seu custo anual com recursos humanos é de mais de R$ 400 mil. Embora conte com um ativo imobiliário de mais de R$16 milhões, a maioria dos imóveis está indisponível para alienação.
¨O que estamos fazendo é abrir uma caixa-preta que, até hoje, ninguém quis mexer. É inaceitável termos custos e folhas de pagamento para empresas que não funcionam¨, afirmou a deputada Adriana Balthazar (Novo), presidente da Comissão.
Este mês, a Comissão já ouviu o liquidante da Companhia Fluminense de Trens Urbanos (Flumitrens) e da Companhia do Metropolitano do Rio (Metrô), Antônio Marques Ribeiro Filho. Mesmo sem atividades, juntas, as duas empresas somam um passivo de quase R$100 milhões em ações judiciais em andamento.
Em outubro, a Comissão recebeu o secretário de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro, José Luís Zamith, que apresentou informações sobre as empresas em liquidação. Alguns processos de encerramento de atividades se arrastam há 25 anos.
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