Niterói amplia rede de Núcleos Comunitários da Defesa Civil

Cidade conta, atualmente, com 108 unidades e mais de dois mil voluntários

Importante aliada no trabalho da Defesa Civil de Niterói, a rede de Núcleos Comunitários (Nudec) foi ampliada e chega a 2020 contabilizando 108 unidades e mais de dois mil voluntários atuando em diferentes pontos da cidade. A partir de abril, serão formados novos núcleos e realizados cursos de capacitação para quem quiser se tornar voluntário.

O primeiro Nudec, conta o secretário municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Walace Medeiros, foi criado na comunidade do Bonfim, Fonseca, em março de 2013. Os núcleos foram implantados de acordo com a Lei 12.608, de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC).

“Entre as determinações, de acordo com a Lei, está previsto que os Municípios devem promover o treinamento de associações de voluntários para atuação conjunta nas comunidades. E é isso que estamos fazendo em Niterói, realizando um importante trabalho de conscientização, integração e parceria com a sociedade. Somente em 2019, foram criados mais 47 Nudecs”, explica Medeiros.

O secretário municipal de Defesa Civil reforça que os Nudecs são formados em locais onde há susceptibilidade a riscos naturais. Durante todo o ano é promovida uma política preventiva para minimizar impactos das chuvas na cidade, e os núcleos têm importante papel neste trabalho.

“Há, por exemplo, os Nudecs nas comunidades, nos condomínios de casas e edifícios, o de multiplicadores de informações, contra queimadas e zoonoses – este atuando no combate ao mosquito Aedes Aegypti. Existe ainda um planejamento para que sejam formadas novas categorias, como praias, off-road, radioamador e para operadores de drones”, revela Medeiros.

Entre os pré-requisitos para se tornar um voluntário do Nudec estão comprometimento, responsabilidade, solidariedade, profissionalismo e amor por Niterói.

“Cada grupo é formado, em média, por cerca de 20 pessoas. As equipes multiplicam os conceitos de prevenção nos locais onde residem, além de apoiarem as ações emergenciais da Defesa Civil, como em caso de chuvas intensas. A atuação dos voluntários é planejada para que seja na região onde vivem, porém, caso ocorra a necessidade de atuação em outra área, existe uma logística para que possam atuar também”, afirma o secretário. 

Morador da comunidade do Zulu, em Santa Rosa, José Antônio Macedo, de 54 anos, conhecido como Tonho, é um dos moradores que se tornaram voluntários do Nudec. Ele lembra que, uma de suas participações como voluntário foi durante uma forte chuva, em 2019, quando a sirene precisou a ser acionada na comunidade.

“As equipes se dividiram e colocamos em prática todos os ensinamentos que aprendemos nos treinamentos realizados pela Defesa Civil. Essas orientações foram fundamentais para ajudarmos as pessoas a deixarem suas casas e também todo o trabalho no ponto de apoio. Após o treinamento, nos sentimos mais confiantes e mais preparados”, conta.

Tonho destaca, ainda, que os ensinamentos auxiliam não só em casos de chuva, mas também quando ocorre um acidente envolvendo veículos próximo à comunidade, ou mesmo em situações de fogo em vegetação.

“Para mim, o Nudec se transformou em uma grande família, onde todo mundo se importa com o bem-estar do outro, não só ajudando a quem mora na nossa comunidade, como também nas comunidades vizinhas, quando é preciso”, diz ele. 

José Antônio Macedo

Deixe o seu comentário

Comente

Seu e-mail não será publicado.


*