Fórum Interconselhos realiza debate nesta semana

Apenas 1% das pessoas com deficiência está no mercado de trabalho no Brasil, ou seja, entre 45 milhões de brasileiros com deficiência no país, somente 403.255 mil estão trabalhando formalmente, de acordo com dados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Para debater sobre inclusão social e no mercado de trabalho da pessoa com deficiência, com destaque para o espectro autista, o Fórum Interconselhos de Direitos de São Gonçalo, em parceria com a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência (SEMIMD), realizará nesta quinta-feira (17), a sua 20ª reunião, a partir das 9h30, no Ministério Público, em Santa Catarina.

O evento será gratuito e voltado para os conselheiros de direito, lideranças e profissionais do terceiro setor e para a população interessada pelo tema. Quem conduzirá a palestra será a especialista em psicanálise e facilitadora do desenvolvimento de pessoas com autismo, Cássia Pinto Ávila.
“Discutiremos a importância da lei de cotas afirmativas para as pessoas com deficiência e como lidar com as pessoas que apresentam transtorno do espectro autista e que precisam se inserir no mercado de trabalho.

Precisamos entender não só das leis, mas das ações propositivas que fazem a diferença e garantem a inclusão de todas as pessoas, independente de sua especificidade ou limitação cognitiva, motora, sensorial e outras”, explica Marisa Chaves, articuladora do Fórum.

Em São Gonçalo, a SEMIMD funciona como intermediadora no auxílio a essa parcela da população que precisa conquistar o primeiro emprego ou reingressar ao mercado de trabalho. De janeiro de 2018 para cá, a secretaria já encaminhou mais de 100 pessoas para o mercado.

A Secretária da SEMIMD, Marta Maria Figueiredo, destaca a importância de reunir a sociedade civil e profissionais da rede para discutir sobre um assunto tão relevante. “Estarmos discutindo sobre esse tema é pensarmos sobre qual é o nosso papel na sociedade enquanto multiplicadores de boas ações e fomentadores de direitos das pessoas com deficiência que devem viver livres da exclusão e, sim, dentro dos acessos às oportunidades igualitárias de bens e serviços”, afirma Marta.

A subsecretária de Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência, Tânia Loyola, alerta sobre os desafios que essa parcela da população ainda enfrenta para conquistar seu espaço no mundo do trabalho. “Com a Lei 8213, de 24 de julho de 1991, que busca garantir espaços reservados por direito, dentro das empresas, para as pessoas com deficiência, tivemos um grande avanço, mas ao mesmo tempo continua sendo um desafio para este segmento.

A perspectiva para o futuro é um aumento desses espaços, somado a capacitação desses profissionais, e a mudança da cultura nas empresas que ainda veem essas pessoas com preconceito”, completa Tânia.
O Ministério Público fica na Rua Doutor Getúlio Vargas, 2670, Santa Catarina – SG.

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