Valorizar a cultura negra e seus afrodescendentes na escola e fora dela, promovendo a reflexão e o resgate da identidade negra, incentivar o posicionamento crítico construtivo para reconhecer e valorizar a diversidade cultural do país, além de estimular o respeito aos direitos humanos e a exclusão de qualquer tipo de discriminação. Esses são alguns dos objetivos do projeto ‘Minha Escola Contra o Racismo’ – Menos Intolerância, mais respeito à diversidade, anunciado nesta segunda-feira (26) pela Prefeitura de Nova Iguaçu.
“Não pode haver uma sociedade saudável se não houver tolerância com a diversidade. Este projeto é contra qualquer tipo de intolerância. É inadmissível não respeitar outras pessoas. Ninguém gosta de sofrer bullying, de ser agredido. É tão simples. Este projeto vai mostrar que esta cidade respeita a todos, que esta cidade é a cidade do amor, do carinho, da tolerância”, afirmou o prefeito Rogerio Lisboa. Ele frisou que é na escola e na família que se ensina a tolerância. “Vocês (professores) vão auxiliar a formar o caráter destas crianças”, completou o prefeito.
O projeto foi lançado durante o Workshopp Faber-Castell (Criatividade e Autoexpressão em Sala de Aula), realizado pela ‘Escola de Governo’ na Casa do Professor, sede da Secretaria Municipal de Educação. De acordo com a secretária, Maria Virgínia Andrade, alunos do Ensino Fundamental I vão aprender sobre africanidade e indígenas brasileiros e estudantes do Fundamental II irão desenvolver atividades sobre a intolerância religiosa.
“Estaremos desenvolvendo várias atividades nas 141 unidades escolares. Vamos pesquisar africanidades, como aspectos históricos das etnias escravizadas no período da escravidão no Brasil, arte, como máscaras e tapetes; trajes, turbantes e tranças, culinária, músicas, desfile com roupas de origem africana, exposição de objetos, produção e exibição de vídeos, além de palestras sobre a cultura negra”, explicou a secretária.
O cronograma do projeto prevê atividades mensais nas escolas. Os meses de setembro e outubro serão dedicados a pesquisas nos colégios e apresentações interturmas. Em novembro será o fechamento, com a proposta de que cada escola apresente o resultado final de sua pesquisa.
Workshopp capacitou professores sobre Criatividade e Autoexpressão
O Workshopp Faber-Castell (Criatividade e Autoexpressão em Sala de Aula) orientou as professoras participantes sobre os temas Criatividade e Autoexpressão em Sala de Aula, segundo Monise Nascimento, coordenadora da Escola de Governo. “A palestrante trabalhou com os temas Criatividade e Autoexpressão em Sala de Aula, que enfatizou sobre as questões raciais. Uma coleção de lápis de cor com seis tons de pele foram distribuídos para nossos professores para utilização nas aulas”, explicou Monise.
Ainda segundo a coordenadora da Escola de Governo, o foco este ano é a capacitação de profissionais da rede municipal de ensino. “Já capacitamos cerca de dois mil funcionários da Prefeitura”, disse ela. Durante evento, o grupo ‘A Voz do Caulino’, formado por alunos da Escola Municipal Professor Márcio Caulino Soares, fez uma apresentação musical.
Elisângela Pinto de Azevedo, de 45 anos, professora da Escola Municipal Professora Enilza Barros dos Santos Chiconelli e Eliana Miranda, 42, orientadora da Escola Municipal Nicanor Gonçalves Pereira, destacaram que a capacitação vai melhorar a relação com os alunos. “Essa palestra é importante para sermos mais capacitadas para lidar melhor com os alunos, pois o racismo é uma coisa séria. Podemos passar nossa experiência a outros professores. Acabamos nos tornando em multiplicadores”, disse Eliana.
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