Instituto Niemeyer resgata projeto que aposta no turismo náutico
Por ser considerada uma das mais belas baías do mundo, a Baía de Guanabara é um tesouro pouco explorado no Rio de Janeiro. Possui uma área com cerca de 400 quilômetros quadrados, profundidade além de 40 metros e belezas naturais de formações únicas, há vida na baía, além de diversos potenciais turísticos que merecem ser explorados.
No último mês, a Baía de Guanabara foi tema central de um seminário organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), onde foram abordados assuntos como segurança pública, resíduos sólidos, saneamento básico, biodiversidade, negócios, entre outros. Durante o evento, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, alegou que é preciso agir de forma integrada.
Em 2011, a baía foi alvo de um plano de desenvolvimento de turismo náutico através de recursos dos Ministérios da Cidade e do Turismo para a Prefeitura do Rio. O projeto foi desenvolvido pela Denise Vogel, diretora de planejamento e projetos urbanos do Instituto Niemeyer, onde apresentava investimentos pontuais de atrativos turísticos da região.
Neste ano, o projeto será apresentado novamente por Denise durante um seminário, pois, segundo ela, há investidores náuticos que possuem interesse em colocar em prática as ideias apresentadas.
“Esse plano teve por objetivo identificar a situação atual da Baía de Guanabara em termos de atracadouros, porque a Baía de Guanabara por ser um ambiente muito extenso em termos de acidentes físicos geográficos lagunar está dividido em três partes. A primeira parte é que a gente chama de aberta, onde tem mais troca hídrica. A segunda parte a gente considera semiaberta mais ou menos até a Ponte Rio-Niterói e a terceira parte de fundeio. O que a gente conhece, mesmo assim ainda é pouco, é a parte aberta, que é onde tem os trechos com maiores investimentos hoteleiros, em bares e restaurantes, de equipamentos turísticos de um modo geral. Além de ser um trecho onde temos a Marina da Glória que é um importante ponto de embarque para uma série de atividades não só particulares como coletivos”, explicou Denise.
Outro ponto importante é o interesse do trabalho, que consiste em também contemplar as partes mais interioranas da Baía.
Para quem deseja conhecer e passear pela Baía de Guanabara, cariocas e turistas podem optar pelo passeio turístico, promovido pelo Espaço Cultural da Marinha, localizado na Praça XV, com a possibilidade de conhecer 17 pontos turísticos e históricos no entorno da baía. O passeio está disponível de quinta a domingo, com uma viagem de duração aproximada de uma hora e vinte minutos a bordo das embarcações “Rei Tomás” ou “Baía de Guanabara” da Marinha do Brasil.
Ao longo da viagem, uma guia de turismo mostra as curiosidades e histórias para que os tripulantes descubram detalhes, não muito divulgados, do Rio de Janeiro. Até o dia 28 de julho, haverá passeio marítimo e visita à Ilha Fiscal de terça a domingo. Os ingressos custam R$ 36 (inteira) e podem ser comprados no Espaço Cultural da Marinha.
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