Saiba as causas de um infarto fulminante, como o de Paulo Henrique Amorim

Segundo os cardiologistas, cerca de 50% das pessoas têm doença cardiovascular, mas não sabem

Problemas cardíacos que resultam em morte súbita, como a de Paulo Henrique Amorim, aos 77 anos de idade, são mais comuns do que se imagina. O jornalista foi acometido deste mal súbito na madrugada da última quarta-feira, dia 10 de julho.

A cardiologista Maria Fernanda Braggion Santos coordena um estudo na USP de Ribeirão Preto, onde comprova que 80% das vítimas de morte súbita cardíaca possuíam alguma doença arterial coronariana.

Segundo o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor) da Faculdade de Medicina da USP, o termo “infarto fulminante” não traz muitas informações. “Essa história de morte súbita não existe, leva anos para acontecer. Quando você pensa em morte súbita, você pensa que a pessoa não tem nada e morreu”.

Para Pastore, 50% das pessoas que tem alguma doença cardiovascular não sentem nada, mas isso não significa que o problema não exista. “Colesterol alto, diabetes, hipertensão. Tudo isso pode culminar em um evento agudo”.

O conceito de infarto agudo do miocárdio é o bloqueio de uma ou mais artérias responsáveis pelo fluxo sanguíneo do coração.

De acordo com o cardiologista do InCor, os casos de infarto são mais comuns na época do inverno. “No inverno é o tempo de acontecer. Os vasos ficam mais constritos pela temperatura, as pessoas exageram mais em comida e bebida e fazem menos exercícios”.

Paulo Henrique Amorim havia jantado em um restaurante com os amigos horas antes de morrer.

Um detalhe importante, é que muitas pessoas não sentem quando estão infartando ou confundem os sintomas. “A parede inferior do coração fica perto do estômago. Tem gente que confunde com dor de estômago, acha que são gases”, alerta Pastore.

A melhor prevenção contra o infarto é a realização de exames de sangue e cardiológicos de forma periódica, principalmente aqueles que possuem histórico familiar com doença cardiovascular.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia lista como fatores de risco cardíaco, o colesterol, diabetes, predisposição genética, hipertensão, tabagismo, sedentarismo, estresse e obesidade.

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