Objetivo é que o Rio faça parte do grupo de 100 cidades que receberem o selo oferecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
O Governo do Rio apresentou, na Conferência do Clima da ONU, em Sharm el-Sheik, no Egito, o plano para transformar a capital do Estado em um uma “metrópole azul”. Nesta terça-feira (15/11), no plenário Osiris, a subsecretária de Recursos Hídricos da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Asti, participou do painel sobre soluções para a água e a segurança climática no planeta.
O debate reuniu expoentes do combate às mudanças climáticas, como Serigne Mbaye Thiam (ministro de Água e Saneamento do Senegal) e Florika Fink-Hooijer (diretora-geral de Ambiente da Comissão Europeia). Em sua apresentação, Asti destacou os projetos sustentáveis para o Rio de Janeiro ganhar a certificação de “Metrópole Azul” oferecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
– A OCDE certifica, atualmente, 100 cidades no mundo. Mas, para isso, precisamos de ações concretas que apresentem soluções sociais, econômicas e ambientais para garantir bem-estar e segurança alimentar à população, gerar empregos verdes e proteger nosso ecossistema – explica.
Reuniões ao longo do dia
Antes da apresentação no painel, que arrancou aplausos dos colegas de bancada e da plateia, a Secretaria do Ambiente e a Cedae participaram de um encontro com Oriana Romano, chefe de Governança de Água e Economia Circular do Centro de Empreendedorismo da OCDE. Asti e Mayná Morais, engenheira ambiental especialista em recursos hídricos da Cedae, começaram a construir o plano de trabalho do Governo do Estado para os próximos 18 meses, com ações que tornem o Rio sustentável através da economia azul.
Asti participou de mais reuniões ao longo do dia, na Cop 27. Pela manhã, se reuniu com membros da Coalizão Under2, que visa mitigar a emissão de gases do efeito estufa para que o planeta não ultrapasse a meta de aumento de 1,5 grau célsius na temperatura global.
– Apresentamos nossos projetos para aumentar a Mata Atlântica em 10% até 2050, o que representa um crescimento de 440 mil hectares de floresta no estado. Também falamos sobre o aumento dos manguezais e da nossa política de segurança hídrica para garantir água potável para a população – destaca a subsecretária, que teve a companhia de governantes de cidades de México, Canadá, Austrália e Estados Unidos, além de representantes de Espírito Santo, Pernambuco e Ceará.
A reunião é um marco importante, segundo Asti, para que os estados ligados à Coalizão Under2 tenham, juntos, força política para buscar recursos diretamente com as instituições internacionais de fomento.
– Todos os estados envolvidos na reunião têm necessidade de apoio financeiro para combater as mudanças climáticas. Mas, normalmente, todos dependem dos governos federais para receber esses recursos internacionais – completa.
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