Força-tarefa foi esquematizada para assegurar o retorno do transporte, que já atendeu mais de 8 mil moradores locais por dia. O custo previsto será de R$ 6 milhões.

​O teleférico do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, que está fechado há mais de dois anos, por desistência de operadores e quebras de contrato, promete normalizar o funcionamento até o final deste ano. Desta forma, o Governo do Estado formou um grupo de trabalho, abrangendo várias secretarias, além de moradores locais, cujo objetivo é estimar a viabilização do retorno da condução, que assistia mais de oito mil pessoas por dia.

​As treze estações necessitam de reformas e também de troca de cabeamento. Os gastos para a reforma poderão chegar a R$ 6 milhões. Funcionários da empresa de cabos farão uma visita ao Complexo do Alemão durante os próximos dias a fim de fazer um diagnóstico.

​O teleférico foi inaugurado em 2011, através do programa de Aceleração de Crescimento (PAC), que custou R$ 252 milhões. Em 2017, as estações foram abandonadas e as estações se deteriorando.

A empregada doméstica e moradora do Alemão, Elaine Pacheco, 40 anos, relata que não tem esperança de que o teleférico volte a funcionar. “Foi uma excelente obra para o Alemão. No entanto, se aproveitaram dela para roubar muito”, explicou a moradora. Elaine ainda ressalta que “hoje, quem perde é a população. Eu gastava 30 minutos do trabalho até minha casa. Hoje, tenho que descer 15 minutos a pé até a Estrada do Itararé” e ainda acrescenta: “À noite, como estou muito cansada, tenho que pegar uma Kombi, que custa R$ 3. No final do mês, gasto mais de R$ 100,00”.

​Já Daniela Viana, contadora, de 42 anos, celebrou a possível volta do funcionamento do teleférico. “Se realmente abrirem, será excelente para toda a população. Foi uma conta paga por nós e merecemos que ele esteja funcionando”, afirma.