Seminário da Alerj: moda íntima gera 20 mil empregos na Região Serrana

Foto: Rafael Wallace

Debate realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio busca promover mecanismos para fomentar a geração de emprego e renda no Estado do Rio

Os setores de moda íntima e de praia, produção de óleo e gás, automotivo, e de tecnologia são os que mais impulsionaram a economia e geraram mais empregos no estado do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (17/05) no último dia do seminário realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio, órgão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais.

O subsecretário de Indústrias, Comércio, Serviços e Ambiente de Negócios, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais, Celso Marcon, afirmou que em Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde há maior concentração de moda praia, são gerados de 12 mil a 15 mil empregos diretos e indiretos. Já em Nova Friburgo, Região Serrana, são 20 mil empregos diretos e indiretos com a produção de moda íntima. “Vinte e cinco por cento de toda a produção de moda íntima do Brasil vem de Friburgo”, afirmou ele, observando ainda que os setores automotivo (em Resende, Porto Real e Itatiaia) e metal mecânico (em Barra do Piraí e Barra Mansa, no Sul Fluminense) são importantes para a geração de mais vagas de trabalho. “O interior tem grande potencial de emprego e precisa de investimentos do governo para a construção de estradas, rodovias, energia eólica. Para que gere emprego, o estado precisa estar presente no interior”, concluiu Marcon

Presente ao seminário, o deputado Luiz Paulo (PSDB) disse que o papel da Assembleia Legislativa é cobrar do Executivo que seja feito um planejamento estratégico de desenvolvimento econômico e social. “É necessária uma visão setorial integrando todos os Arranjos Produtivos Locais (APL) para maior sinergia com objetivo de mais postos de trabalho e mais renda”, afirmou o parlamentar.

O professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Vicente Alves, comentou que a tecnologia pode substituir pessoas por máquinas, mas destacou a importância da capacitação da mão de obra. “A tecnologia pode criar novos empregos. Na verdade, não faltará vagas; o que vai faltar é capacitação e precisamos de um investimento maciço para criar uma massa intelectual para seguir essa revolução tecnológica”.

Novos debates

Segundo a subdiretora do Fórum, Geiza Rocha, os debates sobre a geração de emprego no estado continuam nas próximas semanas. “O Fórum em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) realiza nos dias 28 de maio e 03 de junho duas tardes de workshops com alguns dos convidados que estiveram na Alerj durante o seminário. “Nosso objetivo é construir uma agenda conjunta de ações para vencer o desemprego”, destacou. Os resultados do workshop serão divulgados, posteriormente, na Alerj, em novo evento aberto ao público.

Também estiveram presentes no seminário representantes da Fercomércio e do Cluster Automotivo Sul Fluminense; o secretário-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Batista Mattosinho Filho; a pesquisadora do grupo de economia da inovação do Instituto de economia da UFRJ, Fernanda Steiner Perin; e o gerente de relações institucionais, imprensa e responsabilidade social corporativa do Porto do Açu, Caio cunha.

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